EM NOME DO AMOR

jornal eletrônico
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 114 – 15 dezembro 2009
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br





GUAPIMIRIM * 28.11.2009
Último show do ano no Estado do Rio. Uma cidadezinha gostosa, um dia de temperatura amena, seguranças por todo o espaço da festa, tudo parecia perfeito. Chegamos um pouco antes das 5 da tarde e fomos encontrando fãs já conhecidas de shows anteriores sentadas ali no chão, coladinhas no brete vazio, conversa sendo “jogada fora”. Tudo perfeito até que uma chuva forte de pouco mais de uma hora começou a nos assustar com o fantasma do cancelamento do show. Mas São Pedro nos ouviu e pelas 19 horas a chuva deu uma boa trégua e o povo da cidade começou a chegar. Às 20 horas já havia uma massa humana e não era mais possível continuarmos sentadas no chão. Era preciso garantir nosso lugar ali na grade. Até aí, tudo bem. Seguíamos com a ansiedade da esperança de que o brete não fosse ocupado por favorecidos da produção, já que para autoridades e seus convidados havia dois enormes camarotes cobertos, onde eu detestaria ficar, já que distantes do palco.
Durante duas horas de chuva intermitente e fraca, esse público fiel ao nosso melhor cantor só queria ser ouvido no seu grito de “Leonardo, cadê você, eu vim aqui só pra te ver”. Mas as músicas altíssimas, sem um só segundo de intervalo entre elas e que nada tinham a ver com nosso gosto pelo sertanejo, garantiam à produção local a tranquilidade de atrasar o show por quanto tempo quisessem. E eles queriam muito tempo para que todos os políticos e seus convidados fossem ao camarim antes de seguirem para os confortáveis camarotes onde garçons os aguardavam com comidinhas e bebidinhas.
Foi assim que o show marcado para começar às 22 horas (com um atraso natural leia-se 23 horas), só teve início quando faltavam exatamente 12 minutos para 1 hora da madrugada. Vi muita gente ir embora, entre triste e revoltada. Suportei as últimas 5 horas em pé sem espaço nem mesmo para movimentar o corpo, mas confesso que desta vez cheguei ao meu limite. Não foi fácil. Agora, difícil mesmo foi ver o prefeito da cidade, no palco com seus familiares e convidados garantindo seus 20 minutos de fama, mesmo que debaixo de vaias que “não ouvia”, culpar Leonardo pelo atraso, dizendo que o cantor, que na verdade estava lá desde 10 da noite, havia “acabado de chegar”.
Por situações assim é que afirmo que está mais do que passada a hora de os cantores sertanejos, que fizeram crescer essas festas maravilhosas, tratarem de impor aos contratantes exigências em relação ao cumprimento do horário limite para o início dos espetáculos. Chitãozinho, da dupla com Xororó, já falou sobre isso.
Leonardo tem visível carinho por seus fãs, disto eu tenho certeza, então me revolta muito vê-lo agredido até com palavrões por um público que vai aos shows para aplaudi-lo, mas que, exausto após tantas horas em pé, acaba se voltando contra ele. Há algo bem errado nesta história, não há?
Mas
... e tudo de desagradável vivido nas últimas duas horas desapareceu. Leonardo estava ali, distante 4 metros. Entre nós, apenas o brete como deve ser, ocupado somente por 8 seguranças bem despreocupados. Um público simples de cidade de interior. Ninguém empurrava ninguém; todos queriam apenas curtir cada música, cantar junto, ver Leonardo e ser visto por ele.
Ouvir e ver
Sem ninguém à nossa frente, sentíamos como se ele cantasse diretamente para nós. Seus olhos brilhavam muito, a voz solta, energia total. Ali, com visão total do palco, sem aquelas cabeças e braços dos que ficam se exibindo quando há acesso de pessoas ao brete, o show foi ainda mais perfeito. A emoção de Leonardo em músicas que falam de perto a Leandro, com imagens lindas no telão de fundo de palco nunca saem de minha mente. E em Guapimirim consegui registrar muitos momentos emocionantes.

"Esse Alguém Sou Eu"
Eu me perguntaria se tenho certeza de que o show era o mesmo “Esse Alguém Sou Eu” que vi ser gravado em São Paulo, para o DVD, e assisti aqui no Rio no Citibank Hall. Poderia até dizer que não, tantas mudanças Leonardo faz na ordem das músicas. E no palco ele é sempre imprevisível. Eu me divirto muito com sua alegria de cantar. Um garotão aprontando todas. Só o tal do paletó era dispensável. Uma roupa mais jovial, aquelas camisas de malha ou até mesmo de tecido combinam mais com seu temperamento. Não estou dizendo isto só por ouvir outros fãs comentando; que me perdoe a figurinista, mas também é a minha opinião.




Muito mais Leonardo
Elogios pipocaram
quando Leo voltou ao palco
num estilo
muito mais Leonardo ,
camisa de malha branca,
que ele puxava,
descontraído,
conforme o suor
a grudava em seu peito.
E o cabelo mais claro?
Perfeito!
Também muito mais Leo !
A banda: Uma atração a mais
A banda passou por algumas trocas de músicos e num primeiro momento eu me assustei um pouco. Era tão boa! Há que admitir que Ney Marques era uma presença marcante no palco. Mas os novos músicos deram um visual bem dinâmico ao espetáculo. Adorei.Perfeito.
O “sanfoneiro” Gabriel Pellizzaro, num acordeon maravilhoso, sem detrimento dos demais músicos, já ganhou a preferência dos fãs, e quando Leonardo o chamou para a frente do palco o público ficou ainda mais empolgado. Toca e vibra muito durante todo o show.Excelente.

Toalhinhas suadinhas
Leo só jogou duas toalhinhas para os fãs, e a primeira ficou com uma das minhas amigas, claro que depois de um verdadeiro corpo-a-corpo com outras fãs. Vantagem da estatura e força. Tirando uma “casquinha”, fiquei algum tempo segurando aquele “presente”, e Leonardo, vendo, sorria. Ao cantar “Temporal de amor” riu apontando para a toalhinha.

Um show até no relógio
Uma hora e meia, exatamente, de alegria e entusiasmo. Enfim, sonhados, pleiteados e merecidos 90 minutos que compensaram tudo, que “lavaram a alma” dos fãs, que ainda deixaram no ar aquele “quero mais” que, acordada, só Deus sabe quando acontecerá. Sim, porque cheguei na pousada sonhando acordada. E dormindo revi vários momentos do show. Que sonho maravilhoso!
Mas é bem acordada que eu quero ver tudo novamente.



U M A   H O R A   D E   S U C E S S O


Uma semana depois, não é em sonho que revejo Leonardo, mas num programa de televisão que sempre sonhei que existisse. O UMA HORA DE SUCESSO estreou em 04 de outubro de 2008 com uma apresentação inesquecível de Leonardo, tendo como convidados Pedro e Thiago, com quem ele cantou “Laços abertos”. Agora em 05 de dezembro, meu grande presente de Natal: A gravação feita em 16 de novembro foi no ar com 75 minutos e quatro convidados. Com as duplas João Neto & Frederico, Fernando & Sorocaba e João Bosco & Vinícius e com Paula Fernandes, sempre um sucesso do seu repertório seguido de gravações de seus convidados. Mas com a sempre imprescindível presença de Leonardo cantando junto, foram momentos deliciosos de se ver e ouvir.


Somente “Mais uma noite sem você”, “Esse alguém sou eu” e “Mentirosa” cantando sozinho e Leo chamou os primeiros convidados.
Com João Neto & Frederico, à romântica “Talismã” seguiu-se “Pega fogo, cabaré”, uma homônima da sua gravação, também animadíssima mas do repertório da dupla.

Nós fomos presenteados com “Eu juro”, mais emocionante ainda pelas imagens do telão.
Seguiu-se “Pássaro de fogo”, em que Leo teve discreta participação.
Entendi suas razões, mas ainda assim foi pena ele não ter se soltado mais
na linda composição de Paula Fernandes.

A seguir ele mesmo chamou o “break” e, na volta, “Água de côco” o mostrou como eu prefiro, jeans e camisa, nada daqueles paletós que tiram a aparência jovem de qualquer homem e fazem qualquer jovem parecer um senhor. Deixando sobressair um lindo relógio em contraste com a camisa escura, Leonardo voltou alegre e falando aquelas “bobagens” que nos fazem rir. Um adorável garotão.


Todos os convidados
estavam visivelmente
emocionados e
agradecidos pelo
convite do grande
ídolo, Leonardo,
que com seu irmão,
nosso amado Leandro,
foi modelo para essa
nova geração de cantores
que, começando agora
a conhecer o sucesso,
receberam dele
tamanha força.
Que eles saibam seguir seu exemplo no palco e na vida.

Voltando todos ao palco, “Cerveja”, um dos grandes sucessos de Leandro & Leonardo,
uniu artistas e público numa só voz
e encerrou essa festa que com certeza valeu para os fãs
como um grande presente de Natal.

E desse adorável presente, minha maior emoção foi mais uma vez constatar
o grande coração desse amigo tão especial que amo tanto,
desse filho de dona Carmem e seu Avelino,
desse irmão amado e pai que seus filhos justificadamente adoram.
Para você, Leonardo, e toda essa linda família Costa:


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