EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 117 – 15 março 2010
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br





Na virada de 11 para 12 de março de 1993, portanto há exatamente 17 anos atrás, eu dirigia pelo Aterro do Flamengo, vibrando de alegria. Digo “exatamente” porque agora estamos nos primeiros minutos de 12 de março, em 2010. Neste momento em que estou abarrotada de preocupações, vou entendendo o entrelaçamento dos fatos desse tabuleiro de xadrez que é a nossa vida, com o jogo comandado por Deus.

Naquela noite de 1993 eu tinha uma razão muito forte para me sentir tão feliz. Eu estava saindo da casa de Roberto Carlos, que horas antes havia me convocado para ir até lá para discutirmos alguns assuntos profissionais. Conversamos por duas horas e meia no estúdio de seu apartamento e, por mais que várias vezes já tivéssemos conversado, somente por uma vez, uma semana antes, havia sido por tanto tempo. As decisões tomadas naquela conversa trouxeram bons resultados e eu, como fã daquele que foi “meu Xuxo”, me senti realizada por ter tido meu trabalho reconhecido e a certeza da confiança em mim depositada.

Lembro-me bem que quando eu passava em frente ao Outeiro da Glória, sob a luz e a imponência da igreja, no rádio do meu carro tocava a música “Talismã”. Naquela época eu já gostava de música sertaneja, principalmente de Leandro & Leonardo , Chitãozinho & Xororó e Sérgio Reis. Mas meu grande ídolo era Roberto Carlos, e foi meu trabalho com ele que cada vez mais foi ocupando meu tempo. Divorciada e com dois filhos adolescentes, meus amigos não entendiam como eu conseguia me desdobrar e dar conta de tantos compromissos. Mas acho que dei conta, sim, tanto que em dezembro próximo completo 19 anos à frente do Grupo Um Milhão de Amigos, que faz o apoio à divulgação de sua carreira e obra. Foi também em 1993 que pela primeira e única vez vi a dupla Leandro & Leonardo , exatamente na gravação do “Especial de Fim de Ano de Roberto Carlos”, gravado no Teatro Municipal de São Paulo.

Naquela noite fiquei muito impressionada com a emoção dos dois irmãos que eram a preferência musical do meu caçula, Sandro. Confesso que não resisti e os fotografei muito, mesmo tendo que ser discreta, já que o uso de câmeras não era permitido durante a gravação. Naquele momento eu jamais poderia imaginar a dimensão da importância que minha idolatria de infância por Roberto Carlos e meu crescente amor por Leandro & Leonardo teriam em minha vida.

Em 1998, Leandro partiu e quase morri de arrependimento por jamais ter viajado atrás de um show da dupla. Eu era por demais envolvida com o trabalho e com minha vida pessoal, é verdade, mas os filhos já estavam crescidos e hoje vejo que eu poderia, com algum esforço, ter conseguido ir a um show de L & L. Mas como nada acontece por acaso, hoje entendo que Deus logo tratou de me dar oportunidade de me redimir dessa falha de fã e pelo menos dedicar um pouco do meu quase nenhum tempo a esses tão amados irmãos goianos.



Fiquei desconcertada mas incrivelmente feliz quando em junho cheguei até Leonardo e percebi que ele sabia quem eu era. Nessa mesma noite conheci suas irmãs. Logo vim a saber que todos na família eram fãs de Roberto Carlos.
Poucos meses depois, convidada a visitar a fazenda Talismã, do Leo em Guapó, vi num porta-retratos a foto de L & L com Roberto. Em outras ocasiões vi que a mesma fotografia tem lugar garantido na casa dos pais e das irmãs da dupla.
O entrelaçamento continuava e eu, que por tantos anos me dedicava somente à carreira e obra de Roberto Carlos, fui aos poucos passando a “brincar” com esse meu amor por L & L e pelo Leo, que iniciava sua carreira como cantor solo. Nasceu o jornal “E M   N O M E   D O   A M O R”, que desde seu primeiro exemplar chegou às mãos de Leonardo e graças a Deus foi aprovado.
De forma natural
como o crescimento da nossa amizade,
também meu contato com Leonardo
tornou-se mais frequente.
Não tanto quanto eu,como fã,gostaria (risos),
pois fã quer sempre mais e mais,
mas o suficiente para que meu filho Sandro,
que quando criança
cantava as músicas de L & L
e me chamou atenção para a dupla,
conhecesse Leonardo.
Jamais me esquecerei
da sua felicidade naquela noite.
Se alguém tiver dúvida de que nada acontece por simples coincidência mas como sinais divinos, ou “deusdências” como aprendi a denominá-los ao ouvir a palavra do Padre Antônio Maria, veja esta fotografia. Conheci o Padre em 1996 num show de Roberto Carlos e o tenho reencontrado algumas vezes, como em ensaios dos Especiais, nas gravações e no cruzeiro “Emoções em Alto Mar”. Mas esse encontro em Goiânia teve um significado especialíssimo. Era aniversário de dona Carmem e sua presença de surpresa foi seu melhor presente. Padre Antônio Maria cantou. Qual o momento mais emocionante? “Nossa Senhora”, a mensagem religiosa de... Roberto Carlos. Uma das fortes razões para Deus ter me dado a felicidade de me tornar amiga da Família Costa deve ter sido para que eu pudesse viver momento tão lindo.







Em 17 de março próximo,
Leo estará participando do show
Emoções Sertanejas”,
mais um evento comemorativo
dos 50 anos de carreira de
Roberto Carlos.
A música escolhida vai ficar linda na
interpretação e voz de
Leonardo.
Que realmente venham o CD e o DVD,
para que os fãs possam ter o registro
do show e do momento lindo
que se dará no final do espetáculo,
com todos os artistas cantando com
Roberto Carlos
a música
Eu quero apenas”,
tema do grupo de trabalho
que coordeno, o
Grupo Um Milhão de Amigos.
Deusdências? Entrelaçamentos?
POR AMOR
Eu ouvi dizer que você falou
Que está pensando em voltar pra mim
E se entristece ao saber como eu estou
Mas você precisa saber que eu
Ainda tenho
Um pouco de orgulho em mim
E embora quase morto
Eu tenho aquele amor
Mas eu não vou deixar você me ver assim
Minha vida se modificou
Do que eu era nada mais eu sou
Eu me perdi
E no submundo onde estou
Sobrevivo sem saber se vou
Ainda crer no amor
Mesmo sem ter você
Mas se um diaSe um dia você voltar
Então eu vou ter chance de me levantar
Pois só você me pode
Estender a mão
Mas se não for por amor
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
E no submundo onde estou
Sobrevivo sem saber se vou
Ao menos crer no amor
Mesmo sem ter você
Mas se um dia
Se um dia você voltar
Então eu terei chance
De me levantar
Pois só você me pode
Estender a mão
Mas se não for por amor
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão
Me deixe aqui no chão

*****

Como quer que se definam tantos encontros, o fato é que após o ensaio para o “Emoções Sertanejas”,
mais uma vez o valor do ser humano Leonardo
foi muito bem exemplificado no blog de um bom amigo que temos em comum,
nosso querido e muito sensível maestro Eduardo Lages:

“Apesar dessa cara séria, o artista mais bem humorado que conheço. Um gentleman, que transpira simpatia, talento e carisma com seu jeito caipira e brilhantes olhos azuis. Um dia, numa gravação do seu disco, do qual eu fazia arranjo, ele se aproximou de mim e disse: "Maestro (ou Eduardo, não lembro bem), estou notando você com um ar cansado, aceite esse copo de água fresca que trago aqui pra você". Eu disse a ele: "que honra ser servido por você, Leo". Ao que ele respondeu: "Maestro, a honra é toda minha". Nunca esqueci esse gesto dele, isso me emociona. Um cara com um grande coração. Sou seu fã”.


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