EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 144 – 15 junho 2012
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br









Repito as palavras de Thiago, esta semana, no programa "Mais Você":

"Do que Pedro passou para o que ele está agora, com certeza é um milagre, porque ele sofreu muito por dentro. Por fora até que ele não sofreu muita coisa, mas machucou muito por dentro, a cabeça... Então, voltando agora, voltou a falar, a memória musical é fantástica... Milagre! Os médicos dizem que é uma das melhores recuperações que eles já viram. Acho que a força de todo o Brasil, a fé, as orações... Ainda tem um caminho a percorrer, mas a gente tem muita fé que no tempo mínimo possível ele vai estar junto com a gente."

Eu acredito em milagre. Se alguém duvida, que tal relembrar o que Leonardo viveu e contou no Fantástico?

""Eu sonhei que tinha uma mulher ajoelhada na beira da minha cama, com um lençol branco na cabeça, que passou a mão na minha cara sete vezes, assim, alisou meu rosto sete vezes. E falou assim: Sete vezes, viu? Passou uma semana, sete dias, meu filho acordou. Eu tenho certeza de que foi um milagre.""
Foram exatos trinta
dias acompanhando
Pedro até vê-lo sair do
coma. Foi o encontro
pela oração de pessoas
de diferentes credos,
dos lugares mais
diversos, fãs ou não.
Pelas redes sociais,
milhares de pessoas se
manifestaram, cada
uma da sua forma, no
sentido de estimulá-lo
a reagir.
Agora é aguardar os
plenos resultados de
sua dedicação à
fisioterapia. Serão
dias difíceis mas,
com a certeza do
quanto é amado,
Pedrão os
atravessará com o
máximo empenho e
certamente animado
com os bons
resultados que irá
conquistando.

Nesses já quase dois meses do acidente, repetiram-se as lições de vida que a família Costa nos tem trazido. Se não bastassem a sinceridade, a fé, a gratidão, enfim a absoluta transparência com que lidam com os fãs, os amigos e a imprensa diante de situações muito difíceis, fomos ainda surpreendidos pela belíssima campanha "Parada Pela Vida" a que Leonardo se entregou dispensando qualquer cachê. A repercussão foi imediata e com um volume de comentários positivos na rede virtual como nunca se viu. Não poderia ser diferente em se tratando de um artista muito amado e respeitado por sua conduta se deixando ver como simples cidadão e um pai sofrido.

Assim como se entregou a essa campanha, Leonardo vem tentando cumprir sua agenda de shows, se desdobrando para também estar o máximo possível junto ao filho. Com o coração apertado, ele supera suas aflições para levar alegria aos milhares de fãs que o seguem, como nesse show promovido por um Shopping do ABC paulista, em 29 de maio. Não bastasse sua dedicação no palco, com sorriso e brincadeiras ainda se aproximou da fã Eliana Godinho para receber seu carinho e agradecer as orações.


Dizem os psicólogos que ficar paralisado e se entregar em momentos de dor é bem mais fácil do que procurar seguir em frente. Leonardo já nos deu provas de sua força durante a doença e após a partida de Leandro. Agora, como disse à revista Veja, também tenta se manter firme e ativo, não só por respeito aos fãs mas também porque a sua e muitas outras famílias dependem do seu trabalho: "Quando o Leandro estava internado, eu não parei. Era ele quem me dava força. Trouxe essa lição daquela época." Lamentável é ver que houve quem o criticasse, com certeza uns poucos seres de mente medíocre e muita inveja. Por outro lado, pessoas como a professora Marlene Salgado de Oliveira fizeram uso dos meios de comunicação para elogiar seu exemplo de fé, coragem e força.
Peço licença ao jornal O São Gonçalo para transcrever o que disse uma pessoa de mente sã:

"Milagre existe"
Nestes últimos trinta dias, o Brasil tem vivido momentos de apreensão em decorrência do acidente sofrido por Pedro, filho do cantor Leonardo. Por serem pessoas de grande visibilidade artística, pessoas cujos fãs veneram e que vivem para suprir nossa alma com vozes que se elevam para nosso deleite, experimentamos maior intimidade com o acontecimento. E esta emoção faz-nos sentir, também, a dor do pai, como se Pedro fosse nosso filho também.

A dignidade e a força com que Leonardo, em todas as ocasiões, se dirigiu ao público, mostrando sempre uma fé inabalável na recuperação do filho, incutiram, em todos nós, um maior respeito e admiração por ele que, em momento nenhum permitiu-se aparecer diante das câmeras demonstrando desespero. E lá foi ele, levando a dor na alma mas íntegro, fazer seus shows, para cumprir os compromissos assumidos com os fãs.

A fé é o corajoso ato de prosseguir, com espírito de leão, nos momentos em que a vida nos passa a perna. A fé é a certeza de que aquilo que se espera vai acontecer. É ter-se a convicção de fatos que não podem ser vistos. Afinal, quando depositamos nossa esperança em algo, estamos sempre fundamentados em fatos. O fato, no caso, o acidente, Pedro no hospital, em coma, sem diagnóstico preciso. E pessoas a sua volta, crendo no possível e no impossível, cercando-o de uma auréola de positividade e iluminação.

Se estivermos fechados à crença em relação às coisas visíveis e tocáveis, seremos incapazes de crer nas forças invisíveis, naquelas que só o espírito sabe praticar. Erich Fromm, psicanalista e filósofo alemão, disse que "O amor é um ato de fé e quem tiver pouca fé também terá pouco amor". E foi isto que vimos e estamos vendo, o tempo todo, nas atitudes de Leonardo. Muito amor. Muita dedicação. Muita certeza nos desígnios divinos.

Ele creu antes de ter visto a melhora de Pedro. Ele creu em Deus e expressou publicamente esta crença. E isto fez com que ele oferecesse ao filho conforto, certeza e tranquilidade ao invés de dor e desesperança.

Somente a fé nos dá esta força e esta coragem. Houve, inclusive, um momento em que o pai extremoso falou: "Ele está nas mãos de Deus". E o Brasil, em comoção, rezou. Rezou pelo pai, rezou pelo filho em nome do Pai.

Esta atitude de positividade frente às intempéries da vida só faz com que os males, ao invés de se agravarem, se transformem em benesses. Só faz com que a doença se transforme em cura. É preciso, portanto, viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante dela é um presente de Deus.

No dia 21, pela primeira vez, Leonardo encontrou o filho acordado após um mês em coma. E, com a força que o vem mantendo de pé, disse emocionado, ao sair do hospital: "Em momento algum, a gente desgrudou da fé. Milagre existe."

A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutorada em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversas organizações nacionais e internacionais.

Hoje, exatos quatorze anos do início da partida de Leandro (em 15 de junho de 1998 ele teve a parada cardiorrespiratória), quando falamos no milagre da sobrevivência e recuperação de Pedro Leonardo não tenho como deixar de registrar aqui minha plena convicção de que Leandro intercedeu junto a Deus. E se a registro, não o faço só por mim. Recebi centenas de relatos de pedidos a ele dirigidos em orações.

Leonardo, que já passou pela experiência de sentir a ajuda de seu irmão ao sofrer uma capotagem em 2003, mais do que qualquer um de nós tem tudo para crer na intercessão de Leandro. E no Canal F, o Fantástico na internet, podemos vê-lo confessar: "Eu pensava alto, assim: Leandro, de onde você está com certeza você vai ter mais condição de ajudar o meu filho do que eu. A gente sempre se pega nessas coisas. Eu acredito muito nisso. Acredito em Deus e tenho muita fé."

Não acredito em coincidências, mas sim em "deusdências" (termo do Padre Antônio Maria), e para mim os sinais parecem muito claros: o acidente também em 20 de abril, quatorze anos depois da descoberta da doença de Leandro; o primeiro socorrista do SAMU a atender Pedro se chamar Leandro; a visão de Nossa Senhora de Leonardo ("sete vezes, sete dias...") em sonho...

Em meio a todos esses fatos e à turbulência que causaram na vida da família de Pedro Leonardo, observei alguns fãs perguntarem as razões de Deus para tanto sofrimento de pessoas tão boas e caridosas como as dessa família e do próprio Pedro, um garoto de qualidades raras nos dias de hoje. A única resposta que encontro é uma pergunta: Jesus Cristo mereceu todo o sofrimento da crucificação?

O fato é que logo de início percebi os fãs e amigos bastante desorientados, caminhando para o desespero. Eu mesma, num primeiro momento, em ligação telefônica para Fátima, irmã do Leo, por mais que pretendesse me conter acabei chorando. Esse clima negativo acabou sendo revertido, mais uma vez, exatamente pela família Costa e sua força que vem da Fé (com letra maiúscula). A tristeza e os questionamentos iniciais foram sendo abafados pelas orações, em correntes que se fortalecem a cada dia, com Leandro sempre muito citado.

Começou a me vir à mente uma posição que sempre tive de jamais questionar a razão de acontecimentos que algumas vezes não entendi. Sempre recebi de Deus, em algum momento, uma justificativa, algum fato veio esclarecer fatos anteriores. Seguindo nesta linha de pensamento, será que não estamos tendo agora alguma explicação para a partida tão prematura e inesperada de Leandro?


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