EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 171 – 15 setembro 2014
redação e produção: Vera Marchisiello
distribuição gratuita por e-mail
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vmllena@terra.com.br







Muitas vezes quando estou escrevendo para o jornal E m   N o m e   d o   A m o r me pego pensando até quando insistirei nesse caminho em que, mesmo tendo Leonardo e a dupla com Leandro como o assunto que importa, de alguma forma acabo me expondo bastante, o que não combina nadinha comigo. Só que não há como falar sobre esses irmãos que tanto preenchem minha vida sem me deixar levar pela emoção e, assim, acabar comentando fatos da minha própria vida e deixando bem à mostra minhas opiniões e sentimentos.
Se me dou essa liberdade, é porque este jornalzinho virtual é escrito sem qualquer comprometimento com o jornalismo e sim apenas como porta-voz dos fãs. Percebo que foi isto que ele se tornou devido às centenas de e-mails que recebo com leitores afirmando que escrevi o que queriam dizer ou que desta forma levo ao Leonardo o amor que todos gostariam de poder demonstrar e não têm como.

Como compreendo essa vontade!
E como é gostoso ver tanto amor dedicado a pessoas tão especiais
como Leandro e seu irmão Leonardo!


No show de quinta-feira dia 11 deste setembro,
pude mais uma vez comprovar a força desse amor que eles conquistaram
e que hoje Leonardo nos faz sentir cada vez mais.

Aguardado por quase um mês, desde a verdadeira guerra que foi a compra dos ingressos narrada em parte no jornal passado, enfim parti com duas amigas para o local do show, a casa de espetáculos Barra Music, localizada em área nobre do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca. O site oficial do escritório Talismã anunciava o início do show para às 23 horas, mas o site da casa informava a abertura às 22 e o show só mesmo a 1 hora da madrugada. Na dúvida, a solução era acreditar - e torcer - para que a informação correta fosse a da agenda oficial do cantor. Também, se não fosse, nunca houve problema em esperar para se assistir a um show de Leonardo, não é? Afinal, o tempo de espera é sempre muito bem aproveitado e se torna agradável com a conversa com outros fãs, reencontrando amigos, contando e ouvindo casos, falando sobre esse nosso goianinho, sobre o sonho de todos de conhecê-lo, sobre a emoção a cada encontro, e por aí vai...

Infelizmente, lá na Barra Music isso se tornou totalmente impossível. Uma casa linda, com uma arquitetura privilegiada, pontualíssima na abertura, mas que deixou os cerca de 6 mil pagantes absolutamente no escuro por intermináveis 3 horas e 35 minutos e com um som absurdamente alto aparentemente comandado por um DJ posicionado numa mesa de som num canto do palco. Digo aparentemente porque nem isso dava para se ver naquela total escuridão. Infelizmente, percebi algumas famílias que estavam ali na frente como eu, nas mesas VIP, se retirando antes mesmo do início do show, não devido ao tempo de espera, mas fugindo daquele ambiente que bem poderia ser classificado como alucinógeno. A solução para passar o tempo de forma menos sofrida foi recorrer aos smartphones, navegar um pouco e conversar online com amigos de outras cidades, com certeza criticando aquele lugar. Foi o que dava para se perceber pelos pontos de luz brilhando na imensidão da casa de espetáculos. Em nosso socorro acabou tento início um show preliminar não anunciado da dupla Cláudio & Márcio, com um bom repertório e, claro, com um volume compatível. Pena que foi um alívio de apenas uma hora que cedeu lugar, novamente, a pagodes, funks & cia num volume ensurdecedor e sem sentido.

Enfim, faltando 25 minutos para 2 horas da madrugada, Leonardo entrou no palco. O entusiasmo do público foi não só pela sua presença mas também, não dá para negar, pelo término daquelas quase quatro horas num ambiente em nada parecido com o conforto esperado de uma casa de shows na Barra da Tijuca.Bom, Leonardo no palco e tudo muda de figura, tudo se esquece, só vale ser feliz! Principalmente em se tratando de Rio de Janeiro, onde ele tão raramente aparece, a felicidade dos fãs é indescritível. Alguns com quem conversei ainda do lado de fora, estavam ali para vê-lo pela primeira vez, descrevendo aquela noite como a mais esperada de suas vidas e outras emoções assim. Para mim, a completa felicidade por vê-lo pela segunda vez aqui no Rio num ano em que não tive a menor chance de viajar para acompanhar seus shows em outras cidades.


Nessa noite comprovei o que sempre digo. Se formos a vários shows numa mesma semana, assistiremos a apresentações que em momento algum nos deixarão com a sensação de algo repetido. Leo não só é único a cada show como tem uma capacidade impressionante de se adequar e adaptar o clima do show ao público que encontra. Ali isso ficou muito claro. Numa casa que pela arquitetura pode-se dizer até suntuosa, eu me senti num show de estrada, onde Leonardo é sempre ainda mais descontraído.

Por total falta de organização dos responsáveis, o público que havia comprado ingressos para pontos bem mais distantes do palco se posicionou logo de início em pé à beira do palco, bastante alto. As duas primeiras filas das mesas do setor VIP foram literalmente engolidas por esses fãs, o que fez com que seus ocupantes, sem outra escolha, também ficassem de pé.

Na terceira fila, mesa central, ainda pude resistir e assistir muito bem ao show por mais de meia hora, mas quase ao final do primeiro bloco percebi que acabaria também sem visão do palco, tantas as pessoas que a todo minuto iam chegando ali para a frente.

O incrível é que o público, digamos, invasor daquela área e os que haviam comprado lugares naquele setor
parece que se identificaram, movidos pelo mesmo amor,
e não percebi uma única reação sequer,
nem mesmo as esperadas bolinhas e petiscos na cabeça ou gritos de 'senta'.
Nada!
Todos cantavam e fotografavam o artista que,
lindo, carismático, com uma alegria de estar no palco que emociona,
não só cantava, mas se entregava ao público,
interagia com simplicidade verdadeira, nada premeditado, mas sim sempre surpreendente.


Acredito que nesse show Leonardo até devesse estar bastante cansado, já que na noite anterior havia gravado seu próximo DVD, o ansiosamente aguardado "Cabaré", em que divide o sucesso com Eduardo Costa. Foram vários dias (noites madrugada a dentro, claro!) de ensaio, cantando aquelas músicas que fizeram parte de sua vida, que lhe dão muito prazer cantar, com certeza, mas que nem por isso fazem com que ele deixe de sentir o cansaço acumulado quando enfim chega ao final da gravação.
Juro que pensei que o show aqui no Rio, até por começar tão tarde, não fosse ser completo e fosse girar aí pelos 80 minutos somente. Não é que foi completíssimo! Surpresa, vibrei com a entrada no palco do mais novo (por enquanto) sucesso da . família Costa.
Zé Felipe, lançando seu primeiro CD não só cantou com o pai
como soltou a voz na gostosa "Saudade de você".

O mesmo jeitinho do pai, que emocionado sentou-se no fundo do palco. Carismático, lindinho, jeito de quem sabe o que quer para sua vida. O que notei em Leonardo foi um quê a mais de preocupação de pai. Faltando poucos dias para o lançamento no mercado do novo contratado da Sony Music, é natural que Leonardo, mesmo que confiante, se preocupe com Zé Felipe, pois ele bem conhece o quanto é difícil essa vida na música que mais um de seus filhos agora escolhe seguir. Tudo é muito bonito: a glória, a fama, o sucesso, o aplauso; mas as dificuldades, o cansaço e a luta diária poucas pessoas entendem ou sequer acreditam.



Que Zé Felipe tenha a mesma fibra do pai e do tio Leandro.
Como não poderia mesmo deixar de ser,
mas talvez especialmente nesse momento,
foi para o irmão Leandro
o momento mais bonito do show, com "Mano" e "É por você que canto".
Eram 3:15 da madrugada quando Leonardo,
olhar carinhoso e agradecido, deixou o palco,
provavelmente sem conseguir ouvir os gritos de 'volta'
de um público já saudoso que lotou o Barra Music
e que acabou se retirando, novamente no escuro,
mas sem dúvida se sentindo iluminado e muito feliz por aqueles cem minutos de seu show.
Por Leonardo, tudo vale a pena!!! Sempre!!!




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