EM NOME DO AMOR

jornal eletrônico
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 94 – 15 abril 2008
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br



Show em RIO DAS OSTRAS, 12.04.2008
Divino, maravilhoso, melhor impossível em tudo! Chegamos ao local do show às 16 hs. Dr. Roberto e Rosane, que viajaram comigo, foram almoçar no Parque de Exposições. Encontrei uma outra fã de Niterói, Renata, e fui com ela para a beira do palco que estava sendo montado visando guardar lugar na grade, como sempre. Lá chegando, poças d'água, quem sabe com alguns mosquitos transmissores de dengue... Daí a pouco Rosane se juntou a nós e Dr. Roberto foi circular. Sentamos numa das laterais do espaço reservado para o brete, longe das poças d'água. Chegou o primeiro segurança e a seguir outros, passavam e educadamente nos cumprimentavam com solenes "boa tarde". Mais ou menos pelas 18 horas eles fecharam a grade do brete sem nos mandarem sair. Acho que realmente pensaram que alguém da produção do Leonardo nos tivesse colocado ali para que ficássemos no brete quando fechassem a grade. Confesso que me senti nervosa ficando, medo total de acabar passando pela humilhação de ser colocada para fora e, pior ainda, não conseguir mais um bom lugar na frente, na grade, mesmo que dentro da poça d'água. Somente às 20 horas começaram a chegar fãs. Nunca havia visto algo assim, pois eles sempre começam a chegar em torno de 16h30m / 17 horas e claro que lá já nos encontram.

Quando Leonardo chegou, o que percebemos porque pessoas de pulseirinha foram colocadas em fila para irem ao camarim, concluímos que não seríamos colocadas para fora do brete. Alívio total.Mais surpresa ainda? Antes que primeiros convidados da prefeitura saíssem do camarim, um dos seguranças nos chamou e disse que já podíamos ir para o centro do brete. Difícil de acreditar! Foi dali que assistimos ao show, somente uns quatro metros do palco que nem era dos mais altos. A grade do brete estava afastada do palco sete metros. Eu havia medido quando chegamos, assustada com a idéia de que nem a câmera fotográfica conseguiria captar as boas fotos de que tanto preciso para o site e o jornal. Difícil admitir que é onde estaríamos, com um monte de gente no brete à nossa frente, se não tivéssemos recebido essa bênção que só pode mesmo ter sido encomendada a Deus por Leandro, a quem antes de sair de casa pedi que tudo corresse muito bem no show que, afinal, é em sua homenagem!

Às 23h40m, Leonardo entrou no palco surpreendentemente para um show de estrada com duração recorde, uma hora e quarenta e cinco minutos. Até agora não estou acreditando que o que tanto pleiteei em meus sonhos de fã e que por várias vezes comentei nos jornais E M   N O M E   D O   A M O R estava acontecendo. Uma música, e outra, mais outra... Seguranças locais educados, calmos, assim como o público. Para que fãs pudessem conseguir fotos melhores, em alguns momentos eles até nos permitiam ultrapassar a linha que haviam determinado como limite para nossa aproximação do palco.


Leonardo costuma dizer não gostar de incluir músicas novas nos shows porque o público ainda não sabe a letra. Não sabe, Leo?! Acho que o show de Rio das Ostras provou o contrário. Fã corre para comprar o CD tão logo é lançado, ouve, repete, ouve mais e mais vezes, as letras penetram em nossa memória! E olhe que este lançamento ainda está chegando às lojas. Eu mesma só consegui o meu, aqui em Niterói, na noite da sexta-feira, véspera do show. Mas é claro que fui e voltei de Rio das Ostras com o CD tocando no player do carro, ininterruptamente. Um CD incrível, um Leo como eu gosto, letras lindas, como parar de ouvir? E como não memorizar logo tudinho?


Neste show que eu chamaria até de abençoado, Leonardo cantou cinco músicas do novo trabalho: “Mentirosa”, “Coração bandido”, “Por favor reza por nóiz”, na primeira parte, e “Volta, meu amor” e “Pega fogo cabaré” no segundo tempo, aquele que nos trouxe de volta aquela verdadeira oração, “Mano”. Por que eu dizer até que foi um show abençoado? Quarenta e oito horas antes, caiu forte temporal na área litorânea do Estado do Rio, e poucas horas antes da apresentação de Leonardo todo o céu se cobriu de nuvens. Dava a impressão de que aqueles primeiros pingos eram apenas para anunciar novo temporal. Olhei para o céu e vi que havia somente uma estrela, à direita de quem está no palco, exatamente como já aconteceu numa outra ocasião em que tudo indicava que ficaríamos encharcados e que com a entrada do Leo no palco todo o céu foi ficando limpo, outras estrelinhas foram aparecendo e aquela que havia sido a única por algum tempo continuou brilhando intensamente...


O ponto mais emocionante da apresentação não poderia deixar de ser o início da segunda parte, Leonardo voltou ao palco usando chapéu e nos presenteou com a linda “oração” que é “Mano”. Ao fundo, imagens do Leandro, lindas, suaves, que nos trazem saudade e nos explicam muito do que hoje é o ser humano Leonardo. Emocionado, sim, mas com admirável controle sobre seus sentimentos e apoiado pelo público, ele prestou a merecida homenagem ao irmão, o que também ficou muito presente em “É por você que canto”, quase ao final do espetáculo.


Como mais uma prova da grandiosidade do coração do nosso Leonardo, ele me surpreendeu, ou nem surpreendeu,ao chamar ao palco duas crianças, Anthony Quinn e Thalia Marley, de quem Leo cobrou ainda um Bob, “Thalia Bob Marley”. E riu, muito, pedindo que cantassem. Do fundo do palco, ouviu a dupla em “No dia em que eu saí de casa”, sucesso do filme “Dois filhos de Francisco”.


Não posso deixar de registrar minha grande emoção logo que Leonardo entrou no palco. Ele nos viu e demonstrou alegria com lindo sorriso e beijinho carregado de afeto. Olhava, sorria, parava e se deixava fotografar, simples, carinhoso, reforçando minha opinião de que fica feliz ao ver fãs que ele conhece bem vibrando com seus shows. Senti que fiquei vermelha quando em “Rumo à Goiânia”, ele sorriu e apontou para mim ao cantar o verso “esses olhos reluzentes que eu busco agora”. Pessoas que já estiveram assistindo ao show lá de cima da lateral do palco, já me disseram que conseguiram me localizar pelo brilho dos meus olhos, talvez em parte por serem azuis, mas com certeza muito pela minha emoção com o que vejo, vivo e ouço quando Leo está no palco. Quase sempre vou aos shows com o amigo Dr. Roberto e Rosane. Desta vez, como, mesmo que até agora eu custe a acreditar, fiquei no brete, Dr. Roberto ficou do lado de fora. Porém, mais uma grande surpresa nos estava reservada. Bem para o final do show, fui surpreendida por sua entrada, levado por uma segurança, a quem ele havia dito ter viajado mais de 300 quilômetros para ver LeonardoLeonardo e que é boliviano. Bom, o sotaque não nega. Foi então que ela imediatamente o conduziu para perto de nós. Leo percebeu sua chegada, CD nas mãos, e o cumprimentou com entusiasmo e carinho. Lindo demais, novamente, poder observar sua simplicidade, sua total naturalidade ao demonstrar felicidade por ver novamente o fã que ele conhece e a quem em Friburgo proporcionou a grande alegria de uma foto ao seu lado, numa pousada em que nos hospedamos para um show em Cordeiro e onde inesperadamente o encontramos. Uma festa!

Quando o show de Rio das Ostras terminou e Leo saiu do palco, nos sentamos no brete,
ainda incrédulos com tudo de maravilhoso que havíamos vivido nessa noite de céu coberto de estrelas
onde especialmente se destacava o brilho de uma estrela maior.
Na volta para a pousada, estávamos todos “em alfa”, e não houve engarrafamento,
baixa visibilidade causada pela maresia no parabrisa do meu carro, nada que afetasse nossa felicidade.
Agora, exatamente 24 horas após o início do show, sei que, por mais que tente,
não conseguirei dizer com palavras tudo que
vi/ouvi/vivi/senti.
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