PONTO NEGRO
(Barnabé)
Num mundo distante, eu vivo esquecido
Vivo perdido entre a multidão
Sou sombra das sombras
E ninguém me enxerga
Perdido nas trevas da desilusão
Sou um ponto negro, no espaço escuro
Que teve o futuro antes do passado
Sou um João Ninguém
Que teve a sorte
De nascer na morte dos ignorados
Sou resto das sobras de um pouco do nada
Sou cinza jogada num canto vazio
Sou um grão de areia na praia esquecida
Que a onda perdida passou e não viu
Se você, amigo, tem a luz do mundo
Não esqueça um segundo de agradecer
Estenda a mão a quem precisar
Que Deus vai lhe dar o que merecer