EM NOME DO AMOR

jornal eletrônico
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 103 – 15 janeiro 2009
redação e produção: Vera Marchisiello
distribuição gratuita por e-mail
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vmllena@terra.com.br





Há pouco tempo, perguntei, aqui mesmo, se saber que levamos alegria a pessoas que podemos até nem conhecer não é o melhor dos presentes. Eu me referia aos presentes de Natal, e agora reafirmo que para mim tudo isso tem um valor infinitamente maior do que os presentes que o dinheiro pode comprar.

No decorrer desta semana fui muito questionada por uma amiga que há muitos anos tem acompanhado de perto o meu dia-a-dia e principalmente o meu trabalho. Sempre achando que trabalho demais, ela não consegue entender que prazer posso ter em ir até 3 ou 4 horas da madrugada no computador, tentando encontrar tempo para atualizar o site E M   N O M E   D O   A M O R, fazendo com que ele ofereça cada vez mais informações aos que por ele navegam. E quando às vezes meu “santinho inspirador” começa a rondar pedindo espaço para me ajudar a escrever o jornal exatamente quando eu já me preparava para ir dormir? Como não religar o computador? E aí fica difícil dizer quantas vezes já vi o dia clarear! Não são razões para serem explicadas. Prefiro dizer que são ordens do coração.


1ª foto: da esquerda para a direita, as chinesas Tyousei, Marai, Kakuga
2ª foto abaixo: Cat com as filipinas Edith e Luzminda e a filhinha da Edith


Mas tudo é válido, porque não há como negar
a grande alegria que sinto ao ver que o site e o jornal eletrônico
N O M E   D O   A M O R
têm chegado até mesmo a pessoas que estão do outro lado do mundo, como a amiga “japonezinha” Cat, que em seu papel de fã tem apresentado o trabalho de Leonardo e da sua dupla com Leandro a pessoas de países onde talvez nem Leo acredite já ter fãs. Foi o que aconteceu nesse Natal, quando algumas chinesas e filipinas, que nem sonham falar nosso idioma, estiveram na casa da Cat e de lá saíram deixando uma mensagem em japonês: “Leonardo, nós te amamos.”
Cat também mostrou a elas os shows lançados em DVD e, tanto ou ainda mais que eu,
lamentou não haver em DVD o registro de cada novo show.
Afinal, eu pude estar na platéia desses shows,enquanto ela, lá no Japão,
só viveu a felicidade de um único show. Mas que felicidade!
Só que dos outros, nada. Que tristeza!

Acredito que seja bastante difícil Leonardo realmente entender o quanto ele e seu irmão Leandro se tornaram parte integrante da vida dos verdadeiros fãs. Falando por mim e pelos que têm alguma religião, por que não deixamos de incluí-los em nossas orações? Como passar um dia sem suas músicas? E essa saudade que dói quando os meses vão passando sem um show? E a agonia que dá quando descobrimos que perdemos sua participação em algum programa de televisão? Se eu pudesse, criaria um serviço dentro dos escritórios de todos os artistas com a única função de divulgar todas as abordagens da imprensa, qualquer mínima entrevista que tenha sido concedida. Os fãs poderiam ficar atentos. Garanto que a frustração de perceber que a matéria não foi bem aproveitada, que não foi ao ar ou que somente alguns segundos foram mostrados, seria sempre muito menor do que a tristeza de não ter assistido a algum programa de que ele participou. No último domingo perdi o Astros do Rodeio, que gravo todas as semanas. Não é que apresentaram uma entrevista com Leonardo! Estou até agora me recriminando por não ter gravado. Por outro lado, nas últimas 48 horas recebi incontáveis e-mails de internautas agradecidos por encontrarem no site E M   N O M E   D O   A M O R tantas publicações interessantes, algumas desconhecidas de grande parte dos fãs, outras mais recentes, mas que nem todos tiveram como comprar. Sempre que atualizo o site, principalmente as galerias, penso muito nos fãs do Exterior e de pequenas cidades do interior brasileiro, pessoas com acentuada dificuldade de acesso a material sobre os artistas. Como seria bom se eu tivesse mais tempo para me dedicar ao site, para selecionar e preparar material para publicação! Meu tempo é escasso, e o trabalho individual, enquanto a sede dos fãs por novidades é aguçada e a carreira de Leonardo, como da dupla L&L, foco permanente do interesse da imprensa em geral. Mas a gente chega lá! Se há amor verdadeiro, sempre se dá um jeitinho, uma enroladinha no relógio de modo a se conseguir produzir um pouco mais, não é? Afinal, é necessário driblar a saudade, encontrar um modo de diminuir as distâncias nesse mundão tão grande, dar um jeitinho de fazer cada fã se sentir um pouquinho mais próximo do nosso querido Leo e manter presente o nosso Leandro, que nunca perderá seu lugar no coração dos fãs.


Se “quem inventou a distância não conhece a saudade”,
quem ama desconhece a distância e quer é matar a saudade.

SAUDADE

da presença protetora do Leandro     da alegria dos irmãos juntos    de rever esses três seres tão especiais

Por maior que seja a correria na tentativa de distribuir o jornal na data certa, de conseguir desenvolver mais e mais o site e de não deixar nenhum e-mail sem resposta, e olhe que meu catálogo cresce a cada dia, acredito que tudo tem uma razão de ser que só Deus pode explicar. Sendo assim, não pergunto se tenho que fazer o relógio voltar algumas horas em minha imaginação e não abro as cortinas para não ver que o dia já vai clareando. Sigo em frente, ao encontro da alegria de saber que cumpri mais uma etapa da missão a que me propus quando distribuí o número 01 do primeiro jornal eletrônico sobre Leandro&Leonardo. Pensar que isso aconteceu em 15 de julho de 2000... Bastante tempo, não? De lá para cá escrevi muitas matérias sobre shows inesquecíveis, e uma forma de diminuir a saudade é revivê-los através de fotos.

Revendo fotografias dos shows, curto os vários momentos, os mais esperados, eu diria até sonhados por qualquer fã, aqueles em que Leo me olhou fixamente, reconhecendo junto à grade, naquele empurra-empurra, mais uma fã que não quer nem saber se é ou não sacrifício ficar em pé, ali, por no mínimo 6 horas para garantir de perto vê-lo cantar e conseguir boas fotos que, afinal, são necessárias para o jornal e para o site E M   N O M E   D O   A M O R. E como é fácil perceber a mudança em seu olhar, agora parecendo mais à vontade. Afinal, hoje ele tem certeza de que ali está a Vera amiga, fã, alguém que ele já tem encontrado até sem esperar lá por Goiânia, e não a “Vera do Roberto Carlos”, como me identificou na primeira vez em que fui ao seu camarim, na noite inesquecível da estréia do show “Tempo”.

Sei que posso até me tornar repetitiva quando falo de sua simplicidade, mas esse é um traço marcante num artista que, oriundo de um mundo muito pobre no interior de Goiás e tendo atingido os mais altos números do sucesso, bem poderia ter se habituado ao luxo de que hoje pode se cercar e ter se tornado arredio à vida simples das pessoas comuns.

“Meus filhos não têm temperamento para a estrela subir à cabeça deles,
mas se subisse era mais fácil eles encerrarem a carreira
porque não ia ter jeito, não.
Agora já está tarde. Se fosse para subir, já tinha subido”.

(Carmem Divina Costa, 1999)
Leonardo pode ter no palco todo o atendimento que queira, uma água sempre fresquinha ou a bebida que preferir. Entretanto, muitas vezes já o vi pedir “um gole” a privilegiados fãs, que com ele dividiram uma cervejinha ou o que quer que estivessem bebendo e que Leonardo, com toda simplicidade, lhes pediu. Funcionários de uma empresa de TV por assinatura, que semana passada estiveram aqui, se surpreenderam ao ver minha salinha de computadores com tanto material e, percebendo que eu conhecia Leonardo, logo quiseram saber se ele é realmente tão simples quanto parece ser. Minha resposta? É mais simples ainda. Esta é uma pergunta que com freqüência me fazem e que poder responder desta forma, com total convicção, me deixa imensamente feliz.


Continuando a conversa com os dois funcionários, ouvi de um deles que conhecia o site E M   N O M E   D O   A M O R. Para minha surpresa, ele me contou que até mensagem no Livro de Visitas já deixou e acrescentou que havia elogiado o site e dito que Leonardo deve se sentir feliz por receber de presente de uma fã um site tão completo, com tantas informações e de fácil navegação. Lembro-me de ter lido a mensagem. Ouvir tal elogio me deixou feliz, sim, claro, mas o que fica mesmo é a certeza de que a cada dia que mais internautas, fãs e imprensa, conhecem e passam a visitar o site, mais cresce a minha responsabilidade. Meu respeito ao trabalho de L&L e do Leonardo cantor solo é garantia de que jamais eu poderia me permitir fazer algo que não considerasse à altura da dedicação à carreira que marcou a vida de Leandro e que é traço marcante em Leonardo. Gostaria de fazer um pouco mais e penso que aos poucos farei.

Quando escrevi o primeiro jornal, de imediato o batizei como E M   N O M E   D O   A M O R,
um título que resume bem a razão de tudo.
Hoje eu acrescentaria “25 horas por dia”.
Por que? É que costumo brincar dizendo que tenho um “defeito de fábrica”
que me faz ter pique para trabalhar mais de 25 horas por dia.
Muitos títulos de músicas acabam em algum momento dizendo exatamente o que se quer dizer,
com o adicional do apelo emotivo.



Sempre ouvindo as mais de 400 músicas gravadas por Leonardo,
na dupla com o irmão e como cantor solo, fico pensando
quantos títulos ou quantas letras refletem mais de perto o que ele sente ou até vive ou já viveu.
“Mano” é inegável. Mas quais serão as outras?
Acredito que com o amadurecimento, que significa mais estrada percorrida,
mais histórias vividas, amores que chegam, outros que se vão,
e também com um repertório cada vez mais extenso,
muitas vezes algumas letras até sejam vistas por outros ângulos.
Não sei se estou enganada, mas a partir de 2001, com o CD “Todas as coisas do mundo”
passei a observar em Leonardo um mergulho mais fundo em algumas canções,
como se elas falassem por ele. Fã “viaja”? Não importa. Tudo que Leo canta é sempre lindo!

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