EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 107 – 15 maio 2009
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br





Depois dos shows para a gravação do novo DVD de Leonardo, nos dias 24 e 25 de abril, no Credicard Hall, em São Paulo, eu não aguardei chegar em casa para começar a dividir com os internautas que visitam o site E M   N O M E   D O   A M O R um pouco do meu entusiasmo naquelas noites de pura magia. Ainda no avião escrevi o texto, recordei as fotos, e em minha imaginação quase vi o trabalho pronto. Chegando ao Rio, não pude desobedecer a mim mesma. Minha vontade de ver tudo no site foi mais forte que a razão, e sem me perguntar se dizem ser aconselhável dormir, emendei direto até às 7 horas da manhã, não me importando com esses nomes dados a cada seguimento do dia. Manhã, tarde ou noite, o que me importava era compartilhar com os fãs que não puderam estar nos shows ao menos um pouco da minha felicidade. Digo e repito: felicidade. Pois sempre me sinto muito feliz quando saio dos shows de Leonardo.

Durante o voo de volta ao Rio, relembrei as então recentes 48 horas:
24 de abril / 2009: Acordei cedo.
Ansiosa e feliz, por volta das 11 horas segui para o
aeroporto Santos Dumont, rumo a São Paulo,
para os dois shows de Leonardo no Credicard Hall.
Enfim, a esperada gravação de mais um DVD.
Além da oportunidade de encontrar amigas que até aqui eram apenas virtuais,
a certeza de dois shows muito especiais.
Para o primeiro espetáculo, eu teria que chegar bem cedo ao Credicard Hall,
já que não tinha havido venda de ingressos.
O show fora vendido para a Neoquímica
e o escritório Talismã distribuiu alguns convites para os primeiros fãs
que inseriram no blog oficial sugestões de repertório para esse DVD.
A seguir, também promoveu um concurso para premiar as 100 melhores histórias
sobre músicas marcantes da dupla L & L .
Felizmente entre as premiadas, viajei para dias de grande felicidade na capital paulista.
Para o primeiro show, cheguei ao local por volta das 15:30 hs.
O show estava marcado para 10 horas da noite.
Um pouco de chuva, muitos empurrões na entrada,
mas tudo recompensado pela oportunidade de ver
Leonardo cantar a apenas 1 metro de distância.
Na corrida daquela disputa louca pelos melhores lugares junto ao palco,
fui vencedora junto com duas amigas, uma que somente naquela tarde
pude conhecer pessoalmente, e outra que conheci no show “Tempo”, em junho/99,
revi em 2004 e reencontrei agora.
No segundo show, pela primeira vez fui sozinha para a área das poltronas.
Mas eu sabia que também lá encontraria amigas que fiz por ter no ar
o site e o jornal virtual E M   N O M E   D O   A M O R.

Ao repertório formado
pelas músicas
juntaram-se três maravilhosas
surpresas:
“Cara errado”
“Flor do meu campo”
“Esse alguém sou eu”
E Leonardo foi ainda mais longe.
Chapéu de banda e óculos escuros
para homenagear o cantor
Waldick Soriano
com três de seus grandes sucessos:
“Paixão de um homem”
“Na hora do adeus”
“Eu não sou cachorro, não”
Logo na abertura do show, um dos grandes sucessos da dupla L & L. "Mais uma noite sem você", foi seguida por outras músicas que, como Leonardo comentou num recente programa de televisão, o obrigaram a várias horas de ensaio e o levaram à forte emoção nas horas em que no estúdio voltou a cantar gravações que por tantos anos cantou tendo a segunda voz do irmão, Leandro.
Comentei e ouvi comentários sobre a ausência
de uma sempre esperada homenagem a
Leandro.

Mas ele estava ali, como sempre,
no coração de cada fã
e também em
tantos sucessos:
“Quem é”
“O quanto nosso amor valeu”
“Dor de amor não tem jeito”
“Você ainda vai voltar”
“Essa noite foi maravilhosa”
“Só fazendo amor”
“Pra nunca dizer adeus”
E os sucessos da dupla L & L
se misturaram a alguns sucessos
da carreira solo de Leonardo:
“Mentirosa”
“Coração bandido”
“Fantasias”
“Por favor, reza pra nóiz”
“Latinha na mão”
“A fila anda”
“Pega fogo cabaré”
“Água de côco”

Posso dizer que
"Essa noite foi maravilhosa",
uma das minhas sugestões
para o DVD, teve para mim
um gostinho de previsão.
Terminado o show, fui convidada
ao camarim, onde reencontrei alguns
dos meus amigos mais queridos...
Essa família Costa,
mais uma vez numa exemplar
demonstração de simplicidade,
acompanhava Leonardo, filho,
mas também pai, irmão e amigo.
Abraçá-lo e tentar lhe dizer
ao menos um pouquinho
do tanto que meu coração de fã
teria a lhe dizer...
Mais algumas fotos ao seu lado...
Agora, já domingo 26 de abril, estou literalmente nas nuvens.
Nesse avião que já se aproxima do Rio de Janeiro, relembro cada detalhe dos shows,
o sorriso amigo de Leonardo no camarim, a imagem de um super profissional,
talentoso, competente, responsável, que sabe tomar decisões sérias nos momentos certos,
que sabe não só arcar com as conseqüências, mas suportá-las quando necessário,
mas que também sabe continuar um garotão simples que saiu da roça,
mas de quem a roça jamais saiu...
E que graças a Deus hoje é capaz de preencher tantos corações...
como os de todos aqueles que estiveram no Credicard Hall
em duas noites de alegria, paz, felicidade e cumplicidade entre público
e trabalhadores das mais diversas áreas, bailarinos, músicos, técnicos e até seguranças,
todos deixando transparecer o quanto o amor que Leonardo sabe cantar, em suas diversas formas,
parece contagiar a vida dos que ali estão.
Com certeza, nessas duas noites Leo tornou bem melhor
a vida daqueles que puderam estar no Credicard Hall de São Paulo.
Com certeza esse DVD virá para tornar melhor
muitos dias e noites de todos que o amam.

Como sempre acontece ao término dos shows, logo me veio a dura realidade de não saber quando poderei vê-lo novamente. Leonardo tem essa capacidade absurda de não me deixar curtir as horas após o show livre de uma saudade que logo se instala e da quase revolta por tê-lo tão raramente em shows no Rio de Janeiro.

Ao desembarcar e me dirigindo para casa, meu pensamento se fixava na torcida para que pelo menos viessem alguns novos programas de TV e que nas gravações que eu havia deixado programadas eu encontrasse matérias sobre o show. E não é que encontrei!

Pouco, muito pouco, mas no Vídeo Show da segunda-feira seguinte, 27.04.2009,
um depoimento de Leonardo:
"Estou aqui na gravação do meu quarto DVD, e vou ter o prazer e a alegria de mostrar para vocês o que está rolando aí nessa gravação.O repertório desse DVD foi escolhido pelos fãs, pelo blog e pelo nosso site. Então, escolheram 120 músicas que não haviam entrado ainda em outro DVD. Foi muito interessante e me obrigou a ensaiar mais. Inclusive, tem quase 30 dias que eu estou ensaiando essas músicas, e confesso que tem algumas que eu nem sei ainda. A gente está fazendo uma parte muito especial, uma parte escolhida por mim, para homenagear o Waldick Soriano, de quem eu sou muito fã. Estou cantando 3 músicas dele: “Amigo”, “Na hora do adeus”, “Eu não sou cachorro, não”. Eu vou usar chapéu, óculos, direitinho, a roupa igual o Waldick usava, tudo para homenagear esse grande ídolo que marcou época. Então, é o seguinte: Um grande beijo para vocês que escolheram esse repertório para me colocar para trabalhar mais. Um beijo do Leo pra vocês."
Ah, bom demais, para o domingo seguinte, 3 de maio, a chamada do programa
Ritmo Brasil anunciava Leonardo:

Para o dia 4 de maio, uma boa notícia:
O apresentador Ratinho voltando à TV, ao vivo, como tem que ser.
E quem seria o convidado muito especial para a estréia?

Grande ser humano e profissional exemplar que é, mesmo tendo acabado de retornar de uma maratona de shows entre São Paulo e cidades do Espírito Santo, com seguidas horas de voo, Leonardo se mostrou feliz com a volta do amigo à televisão, com seu programa diário, que tem um público específico e fiel. Com sua simpatia e educação, só sua presença já foi suficiente para garantir liderança de audiência num horário em que até àquela tarde a emissora perdia longe. Não foi bem aproveitado, mas sei que compreendeu, como nós compreendemos. Em outras ocasiões, mesmo seguindo o caráter extremamente popular do programa, que não é musical, o apresentador Ratinho soube valorizar sua presença e muitas vezes já nos trouxe a alegria da presença e da música de Leonardo em programas até bastante criativos, com Leo bem à vontade junto a outros sertanejos e até num churrasco, ali mesmo no palco, comandado por seu primo Passim. Sempre rolando muita música boa e carinho pelo nosso Leonardo, merecedor de espaço e respeito.

E N T R E T A N T O   H Á   1 0   A N O S   A T R Á S ...
O mês de junho de 1999 se aproximava e Leonardo estrearia seu primeiro show solo, depois de um ano de muita dúvida e de minha medrosa tristeza antecipada por achar que ele não seguiria em frente na carreira que em poucos anos havia levado a dupla Leandro & Leonardo ao ponto máximo do sucesso. Poucos anos depois de gravarem um LP independente (1983), os dois corajosos e batalhadores irmãos conseguiram lançar o terceiro disco oficial (1989) com três músicas já estourando nas rádios de todo o país (“Entre tapas e beijos”, “É por você que canto” e “Aqueles olhos”). E logo se tornaram ídolos.
Recordistas de venda de discos, artistas com uma média inacreditável de shows por mês e reconhecidos no Exterior, foram também incansáveis nas apresentações na televisão. Mesmo que parte desse material tenha se perdido devido à precariedade das hoje já superadas fitas VHS, felizmente posso ter a felicidade de rever a dupla ou de enganar a saudade de Leonardo com o simples toque na tecla “play” de um DVD player. Talvez nem todos os leitores desse jornal mensal entendam o quanto isso é uma garantia de felicidade para mim.

Hoje, revendo um “Domingão do Faustão”, de 13 de junho de 1999,
ouvi Leonardo fazer alguns comentários que achei interessantes,
inclusive pela seriedade com que foram feitos.

Após rever esse “Domingão do Faustão”, não pude deixar de vir para o computador e escrever essa matéria, já que cada comentário me fez pensar na grandeza do coração dessa família, do amor que Leonardo traz no coração, dos seus incontáveis e constantes exemplos de bondade e humildade e na incontestável transparência que o leva a, de uma forma sempre clara de amizade sincera, receber os amigos que vão abraçá-lo após os shows.

Em contrapartida, neste momento não consigo evitar a lembrança de algumas pessoas que, se dizendo ou até pensando realmente serem fãs, movidas por algum sentimento que não entendo e que até prefiro não tentar explicar, parecendo personagens de um teatro do absurdo fizeram uso desse fantástico mundo que é a rede virtual, com seus e-mails, blogs e sites de relacionamento, para falar de assuntos que de forma alguma lhes caberia, mesmo se fossem comprovadamente verídicos. Se eu pudesse me fazer ouvir, gostaria de dizer que elas ao menos pensassem em ocupar o tempo produzindo algo de bom em torno da carreira de Leonardo e de seu irmão, a outra metade da dupla.
Leandro, que deixou entre nós sementes de uma obra tão bonita, tendo sido um ser humano que por onde passou procurou tornar útil sua caminhada, com certeza viu com grande tristeza a busca de benefícios próprios sendo priorizada não importando se a custo de difamações e calúnias contra aquele de quem tais criaturas se dizem fãs, e envolvendo pessoas que nem lhes importa se conhecem ou não ou de quem conhecem apenas o trabalho e o carinho por Leonardo. Mas que certamente invejam.
Que tal recapitularem a passagem de Leandro pelo mundo em que vivemos
e buscarem exemplo na bondade de Leonardo?
Quem sabe os observando bem elas consigam mudar para melhor o rumo de suas vidas.
No mínimo, o caminho que estão seguindo contraria totalmente
o que se deva rotular como amor de fã.

Se, infelizmente, para algumas pessoas que se enganam quando se dizem fãs o que vou contar deve lhes gerar mais pensamentos indignos, novamente vou dizer que felicidade foi o que senti quando no dia 25 mais uma vez recebi um presente que chego a ver como uma bênção, o convite para ir ao camarim do Leonardo.

Nunca me esquecerei de Pedro Leonardo a dizer que sua câmera fotográfica é igualzinha à minha e assim me tranquilizando quanto a ele saber manuseá-la para garantir mais essas sempre sonhadas fotos ao lado do seu “paizão”.

Eu estava mortinha de saudades “da minha família goiana”, dessa gente muito especial que se chama "família Costa", e o convite de dona Carmem não representava somente a oportunidade de estar com Leonardo, o que já me deixaria extremamente feliz, mas ainda me permitiria matar um pouquinho a saudade desses seres verdadeiramente humanos e tão especiais que merecem todo o amor que sinto por eles.

Ainda no corredor de entrada, um abraço em seu Avelino e uma conversinha rápida com gostinho de quero mais. Fátima, em meio a todo aquele movimento, teve a sensibilidade de me perguntar se já estava tudo bem e resolvido depois dos problemas que me impediram de ir à Goiânia no ano passado. Também antes de entrar no camarim, o esperado encontro e o carinhoso abraço de Ede Cury, que, além de seus méritos como profissional, depois de tantos anos cuidando de perto de Leonardo não tem como não ser vista como alguém merecedora de minha admiração, respeito e amizade. Mariana saía apressada do camarim, e apenas um rápido “oi” foi o que pude lhe dizer. Já no camarim, vi João Guilherme, lindinho, parecidíssimo com o pai. Reencontrei QuéQué, Carlinhos, Érica, Lucimar, Isabela e José Felipe, que me fizeram ver ainda mais claramente o quanto me faz falta ir à Goiânia de tempos em tempos. É muita saudade junta e foi impossível sair de lá sem uma boa dose de tristeza por não ter visto o restante da família.

Logo ao entrar no camarim, encontrei dona Carmem , ali sentada enquanto o filho famoso era alvo de contínuos flashes e responsável por muitas pernas tremendo naquele momento único, não importa quantas vezes cada fã já tenha ido ao seu encontro. Quem diria que aquela senhora sentada no braço do sofá e que com simplicidade e carinho me falava dos netos que ali estavam é mãe e avó de cantores famosos e reconhecido exemplo de capacidade no exercício da bondade, ajudando tantos portadores de câncer em seu trabalho à frente da Casa de Apoio São Luiz !

Para os leitores que com certeza vão mais uma vez me perguntar porque não tirei fotos ao lado de todo esse povo amado, já vou dizendo que vontade jamais faltará, mas que sempre tenho um extremo cuidado de não misturar nossa amizade com o fato de eu ser fã. Sem contar que o camarim estava especialmente lotado naquela noite. E sem dúvida estava lotado também de uma ótima energia, da família, dos amigos, dos fãs, enfim, daqueles que realmente o amam.

Acima de tudo, no camarim como no palco,
sua melhor “energia” com certeza esteve presente.
A luz de Leandro também estava lá.


Falar de Leonardo
é tentar explicar o inexplicável.
Há vinte anos venho tendo frequente contato com artistas,
e a impressão que tenho é de que
jamais encontrarei nenhum como Leonardo,
sempre tão verdadeiramente simples,
sempre parecendo um pouco encabulado
por estar ali como alvo de todas as atenções,
mas ainda assim se entregando com um abraço apertado
de quem sabe e entende o tamanho do meu carinho.
O problema é que cada rápido encontro
aumenta em mim a vontade de ficar horas conversando com ele.
Sempre alegre embora também emotivo,
ele parece querer ser apenas alguém comum,
um Leo que pudesse ficar ali
conversando com todos como um simples amigo.



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