EM NOME DO AMOR
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jornal
virtualLeandro &
LeonardoLEONARDO
nº 112 – 15 outubro 2009
redação e produção:
Vera Marchisiello
distribuição gratuita por e-mail faça sua inscrição
vmllena@terra.com.br
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Na sexta-feira dia 9, a chuva era tanta, mas tanta, que tive receio de que o Citibank Hall nem estivesse lotado como
a venda dos ingressos indicava e
Leonardo
merece. No início da tarde, com seu marcante bom humor, ele foi entrevistado por Fiorella Mattheis para o Vídeo Show,
numa externa molhada com direito a chuva como cenário. Nem mesmo uma insistente goteira conseguiu quebrar o clima desse
“alguém” chamado
Leonardo :
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FM * Eu estou aqui com Leonardo. São mais de 26 anos de carreira, 12 CDs lançados (minha observação: 13 só na carreira
solo), 30 milhões de cópias vendidas. E o povo quer mais. Estou até cansada de falar nesses números. Não te dão
descanso? Aquela vida de pescaria de que você gosta tanto está longe, não é?
Leo * Está longe, né? O povo quer mais, quer ver o Leonardo cantar depois de 26 anos de carreira. Vou estar aqui hoje,
aqui pertinho, na Barra mesmo, com um grande show para vocês. Hoje mesmo.
FM * Imperdível. A gente está aqui debaixo de uma goteira, ele está todo molhado, todo respingado, mas ao vivo é assim
mesmo. Olhe só: A música “Esse alguém sou eu” já bateu recordes, já é a primeira nas paradas das rádios. É também o título
do CD/DVD. Você esperava esse sucesso todo assim tão rápido?
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Leo * Dessa música até que eu esperava, sim, porque é uma música bem comercial e eu, que já estou há 26 anos por aí na
estrada, até que já tenho um pouco aquele tal de “feeling” para escolher a música que cai na boca do povo.
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FM * Você teve uma ajuda muito boa para escolher o repertório desse novo trabalho.
Leo * Com certeza. Nossos fãs do Brasil inteiro votaram pelo nosso site e nosso blog e escolheram o repertório
que eu gravei neste DVD aqui, que se chama “Esse alguém sou eu”.
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FM * Eu soube que nos extras do seu DVD tem muitas brincadeiras, que você fez a maior farra na gravação. Você é assim
mesmo?
Leo * Eu costumo ser assim, né? Desde a hora que levanto até a hora que vou dormir, sempre com essa gracinha.
Não sou Ave Maria, não, mas sou cheio de graça!
FM * Você acha que por causa dessa graça toda é que a mulherada fica
apaixonada ou são esses olhos verdes?
Leo * Eu acho que é por causa da minha graça mesmo, porque olhos verdes, aqui,
eu acho que não ajudam nada. Por causa da minha voz também, porque ajuda um pouquinho.
FM * Então o convite está feito. Hoje à noite, aqui na Barra, o show.
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Leo * Daqui a pouquinho, aqui na Barra, o show do Leonardo “Esse alguém sou eu”. Dá o tom aí, vai!
(Aí cantou o refrão de “Esse alguém sou eu”, intercalando um “eh, mulher” e um entusiasmado “daqui a pouco o pau
vai quebrar”!)
FM * Como tudo que é bom dura pouco, vamos voltar para o estúdio?
Leo * Eu perto dessa loura bonita aqui! Meu Jesus Cristo!
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“Mais uma noite sem você” abriu o espetáculo com um roteiro calcado no DVD “Esse alguém sou eu”, mas com certeza um
novo show. Até aí, nenhuma novidade, pois por mais que
Leonardo
repita um show ele será sempre único, mas este apresentado no Citibank Hall em 09 de outubro me soou muito especial.
Leo
parecia bem descansado depois de alguns dias de pescaria em Mato Grosso, desfrutando da liberdade tão importante para
refazer as energias. Bem descontraído, ele enfrentou com naturalidade os flashes e as filmadoras profissionais que
gravavam as primeiras imagens para a imprensa escrita e também para televisão. Um artista amadurecido que sabe superar
a sempre presente tensão do início de um grande espetáculo. Logo percebi em seu olhar que parece agradecido ao
reconhecer aqueles fãs de sempre ali nas mesas centrais logo à frente do palco. Devo confessar minha felicidade por
estar ali e logo ser identificada por aqueles brilhantes olhos verdes! Talvez possa parecer bobagem de fã, mas, se é
assim, assumo ser totalmente boba e assim querer continuar a ser.
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Nessa noite maravilhosa, só não gostei nem um pouco quando lá pela quinta música uma das recepcionistas da casa chegou
à nossa mesa conduzindo duas pessoas que, embora atrasadas, seriam as legítimas ocupantes de duas das seis cadeiras que
compunham a mesa 1 da fila A, cadeiras essas que, já que vazias, foram ocupadas por duas garotas, e duas pessoas que
haviam comprado lugares na fila B, também na mesa 1. Compreensível que as cadeiras tivessem sido ocupadas, já que o show
havia começado com o atraso de praxe, 40 minutos, e elas permanecessem sem a presença de quem havia comprado aqueles
lugares privilegiados. O problema se formou quando as duas garotas se acharam no direito de permanecerem naquela mesa,
quando seus ingressos eram para uma outra bem distante dali. A situação só se resolveu quando a recepcionista, até ali
muito educada mas já ficando irritada, ameaçou chamar a segurança para retirá-las e um dos seguranças que estavam junto
ao palco se aproximou. O incrível é que essas duas garotas haviam pedido pulseirinhas a uma pessoa da produção e as
ostentavam, felizes, porque iriam mais uma vez ao camarim. Vi dois erros no que ocorreu. As casas de espetáculo deviam
fechar as portas assim que os shows têm início. Seria respeitar o artista e o público. E pessoas que ocupam lugares que
não compraram deviam ter um comportamento bem diferente do que vi ali. Mas tudo bem, elas acabaram entregando os lugares
a quem por direito cabiam. Percebi que durante esse momento bem desagradável
Leonardo
seguiu cantando, porém visivelmente preocupado, sempre olhando para a mesa onde estavam fãs que ele conhece de longa data.
Felizmente, nem sequer fui abordada pela recepcionista, já que de imediato coloquei meu ingresso sobre a mesa, assim como
fez a amiga que me acompanhava.
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O show veio recheado de músicas românticas mas sem deixar de lado os momentos de
verdadeira festa como em “Cerveja” e “Cumade e cumpade”. Para mim, entretanto, a que
marcou foi mesmo “Mentirosa”, quando
Leonardo
apontou tão diretamente em minha direção que, como fã fantasia, achei que estava falando
comigo e fiz sinal de negativo quando ele cantou:
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Mentirosa, bandoleira
Hoje nada faz sentido
Nosso caso terminou
Para que dizer mais
Se eu não te faço bem
O que sobe um dia desce
E o que vai também vem
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Foi
Leo
rindo no palco e eu sentada ali à sua frente, absolutamente incrédula do que eu mesma havia feito.
Se em várias entrevistas
Leo
já disse que prefere cantar músicas românticas, garanto que é exatamente com elas que ele mais me encanta. No roteiro
desse show, “Coração Bandido” o levou a soltar a voz com grande força de interpretação. Simplesmente maravilhoso, dá
vontade de pedir que a repita várias vezes.
E “Talismã”? Amo essa música. E não há como não voltar a um show em Teresópolis quando
Leonardo
disse que era para mim. Mais uma vez ele cantou com um lindo sentimento. Claro que “Talismã” foi um dos meus
pedidos para que constasse do DVD. Muitos leitores desse jornal dizem que escrevo o que eles gostariam de
dizer. É simples, escrevo o que sinto. E sinto como fã que sou.
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Num espetáculo de quase duas horas, com direito a troca de roupa para o segundo bloco, algumas músicas sempre despertam
mais nossa atenção. Acho que “Eu juro” sempre estará entre elas. E não foi diferente no Citibank Hall. E para
Leonardo?
“Eu juro”, com imagens de
Leandro
no telão ao fundo do palco, me parece que será sempre um momento de grande emoção para esse ser tão sensível que ao
se movimentar no palco vê aquelas imagens de momentos que deixaram saudade, mas parece delas querer fugir para só mesmo
assim conseguir driblar um pouco a emoção.
Especialmente emocionante foi o momento que antecedeu “Pense em mim”, que nessa noite ganhou uma força especial.
Ao agradecer a presença do diretor global Aloysio Legey,
Leonardo
me pareceu viajar no tempo até o primeiro dia de julho de 1998. Abrindo o coração, ele relembrou um fato marcante e
decisivo no momento mais triste de sua vida:
“O telefone tocou lá na fazenda e me chamaram porque era o Legey. Aí ele me disse que estava preparando um Especial
em Paris e que ele queria que eu fosse cantar na homenagem que seria feita ao meu irmão
Leandro.
Aí eu disse: Olha, Legey, ir eu até posso ir, mas cantar eu não sei se eu vou conseguir. Ele falou: ‘Não... Vem sim’.
E eu fui. E de lá pra cá desse dia, fazia 5 dias que meu irmão tinha morrido, eu senti firmeza. E eu falei: Não,
realmente não posso deixar de cantar, realmente tenho que seguir aquilo que Deus botou em minha vida, botou no meu
caminho. Obrigado, Legey, obrigado por tudo. Não esqueço, não, viu, amigo?”
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Recapitulando o show, vou acabar chegando à conclusão de que quase todo ele foi de momentos marcantes. Por uma ou outra
razão, cada música tem sua forma de marcar um ponto alto de cada apresentação. Mas uma razão é permanente, não vai mudar
nunca: Sejam quais forem as músicas todas vão sempre ganhar uma força maior e muito especial quando na voz e interpretação
desse cantor único que, concordando com o que disse seu filho
Pedro,
é o maior cantor do Brasil.
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É o que confirmo, sempre vibrando, quando
Leonardo
canta “Meu ex-amor”. E neste show, que momento especialíssimo foi a homenagem a Waldick Soriano com
“Paixão de um homem” / “Na hora do adeus” / “Eu não sou cachorro não”. Com que raiva ele iniciou a
terceira música do poutpourri! Eu me senti privilegiada ao assistir assim de pertinho uma interpretação tão perfeita.
E ao final, levantando o chapéu, naquele gesto típico de olhar por dentro,
Leo
falou da homenagem ao cantor e completou: “Pensa num homem que cantava apaixonado!”
A parada para troca de roupa foi para mim uma festa.
É impressionante como o público vibra com esse “break”,
não só porque ele denuncia um show um pouco mais longo,
como porque sempre traz
Leonardo
com uma roupa mais esportiva,
que parece agradar mais ao público.
Calça jeans, camisa clara com listras miúdas,
Leo
voltou ao palco trazendo a sempre marcante e linda “Um sonhador”.
O segundo bloco nos reservou “Esta noite foi maravilhosa”, que
Leonardo
cantou com ar apaixonado.
Convence, ah, convence como ninguém.
Ele realmente vive a música, não só a canta.
E veio aquela sempre esperada hora em que
Leo
pega o violão e circula pelo palco como se estivesse lá na roça em meio aos peões. “Chalana”, já um
clássico, sempre um sonho em sua voz. Imperdoável quem se diz fã da música sertaneja e não sabe a letra completa
dessa música que é um passeio pelo mundo do nosso sertanejo. Por mim, eu a ouviria dezenas de vezes seguidas.
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Uma piadinha sobre sogras... e ele fez uso da própria sogra para completar o clima de piada. Descontração total,
aproveitou para agradecer a presença de alguns amigos. Muito fácil perceber a espontaneidade do comentário. Como o
definiu o diretor de áudio Luiz Carlos Maluly nos extras do DVD, “(...) é uma figura sensacional, como pessoa, como
artista, como talento indiscutível.” E como completou Marco Pontes Caixote, o coordenador musical do novo DVD:
“Trabalhar com Leonardo é fácil, ele é super sossegado para se trabalhar. O problema do Leonardo é no palco, porque
ele é doido, você nunca sabe o que ele vai fazer.” No Citibank Hall
Leonardo
completou o momento violão com “Desculpe mas eu vou chorar”.
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“Esse alguém sou eu”, que diz “você não vai resistir, não vai, não vai entender”, bem define esse goianinho simples,
amigo, alegre e sensível apesar do incrível talento, da voz poderosa, da incrível simpatia, daqueles olhos verdes que
só mesmo ele para dizer que não ajudam em nada.
Leonardo
brincou com um de seus músicos ao pedir o tom, fingiu estar fazendo um teste com a música e saiu pelo palco falando algo
sobre capim seco. Como que confirmando o que disse seu coordenador musical, mostrou o quanto é doido no palco. Mas que
doido maravilhoso! Um “doido” que deixa seu público doido de emoção, de felicidade, de alma lavada a cada show.
E como alguém também muito importante em minha vida tenho dona
Carmem,
minha mãezinha do coração, a quem sempre recorro quando preciso ouvir palavras sábias. Foi assim esta semana.
Que bem me fez aquela nossa conversinha por telefone! Foi aí que fiquei pensando quantas vezes essa sua grande sabedoria
teve e tem importância na vida de seus filhos, no sucesso que
Leandro
e
Leonardo
alcançaram, na grande união, tão bonita, dessa família alegre que sabe fazer de cada dia um momento a mais para ser
feliz. Que este 19 de outubro, seu aniversário, seja mais um dia em que sua Fé e o Amor de todos nós a façam sentir-se
muito Feliz !
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