EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 134 – 15 agosto 2011
redação e produção: Vera Marchisiello
distribuição gratuita por e-mail
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vmllena@terra.com.br






Quando
tenho em mãos
peças de divulgação
da carreira de
Leonardo,
a qualidade e o bom gosto
sempre me impressionam.
No segundo ano de sua
carreira como cantor solo,
ao lançar o CD “Quero colo”,
um lindo estojo com postal,
um folder com release, o CD
e uma camisa de malha azul marinho,
mangas compridas, com o timbre
Leonardo.

Nem sei como segurei tanta emoção quando recebi aquele presentão.
Quem poderia me fazer acreditar ou mesmo imaginar que outros viriam?
Pois vieram e, dentre muitos,
no lançamento de seu primeiro CD de inéditas (ao menos em sua voz)
pelo seu novo escritório,
o maravilhoso kit “De corpo e alma”
com toalhinha preta bordada,
CD, DVD e uma agenda onde, claro,
jamais terei coragem de dar um único risquinho.

Após Leonardo passar a ele mesmo gerenciar sua carreira
através de seu escritório Talismã,
confesso que cheguei a me surpreender
com as agendas 2010 e 2011 que formam
os volumes I e II da “História da Música Sertaneja”.
A seguir,foi a vez de o livro
divulgando o DVD/CD
“Esse alguém sou eu”
me deixar pra lá de encantada.
Agora recebo “Alucinação”, obra de incrível beleza
não só nas fotos de Leonardo (como não serem lindas?)
mas na diagramação que deu suporte
ao texto muito inspirado e ao mesmo tempo objetivo
de Catarina Arimatéia,
a quem peço licença para transcrevê-lo aqui,
como forma de compartilhar com os fãs um pouco dessa bela obra,
mais uma que vem aumentar meu orgulho de ser fã de um artista
que sabe tão bem agradecer e retribuir o amor e o carinho
que ano após ano só vê aumentar em seu público
e nos profissionais ligados ao mundo da música em nosso país.
Em 2009, uma participação no show de gravação do DVD de João Bosco e Vinícius causou histeria nas 30 mil pessoas presentes. Nem o próprio cantor esperava. Eram milhares de jovens, muitos nascidos quando Leandro e Leonardo já eram sucesso, gritando ao verem sua imagem no palco, ao som de “Deixaria tudo”.

Essa característica de artista atemporal, com canções que não se prendem a nenhuma época específica, teve um bom exemplo em 2010. No segundo semestre, a canção “Quem é” figurou diversas vezes nas listas das dez mais tocadas no país. Provavelmente, muita gente que ouviu a música não fazia idéia de que ela já havia sido sucesso, quase vinte anos atrás, com Leandro e Leonardo em um cenário musical completamente distinto.

A ausência quase total de polêmicas em sua carreira e na vida pessoal reforçou sua imagem positiva, e fez com que sua aceitação atingisse públicos que não consomem música sertaneja, mas a quem sua imagem, invariavelmente descontraída, agrada.

Leonardo trabalha, atualmente, o décimo quinto álbum solo, “Alucinação”, que marca sua volta aos estúdios após o DVD ao vivo gravado em São Paulo. O trabalho seguiu o padrão já conhecido do cantor: músicas lentas e românticas, e um espaço reservado para canções animadas, geralmente com letras bem-humoradas.
Aos amantes da música sertaneja mais tradicional, três faixas agradarão em especial: “Camisa branca”, gravada pelo duo Glacial, “Garça branca do Araguaia”, composição inédita de Fátima Leão, e “Tocando em frente”, regravada ao lado de Paula Fernandes.

Mesmo com o mercado de discos já não tendo a mesma força de antigamente, Leonardo sempre se manteve como um dos mais vendidos, desde a época de Leandro e Leonardo. Os números chamam atenção: 12 milhões de cópias em 12 anos como cantor solo. Média de 1 milhão de cópias vendidas por ano.

Romântico e dançante, o trabalho do ídolo sertanejo está repleto de paixões, alegria e irreverência.

Sertanejo. Forró. Romântico, muito romântico. O filho de seu Avelino e dona Carmem dá novos contornos às fronteiras da música e novamente invade os palcos e as pick-ups com suas canções de amor e desejo, paixão e traição, alegria e irreverência, solidão e abandono, reconciliação e perdão. Sentimentos complementares que formam a alma do brasileiro, temperada pela esperança e o otimismo de dias e amores melhores. Música Popular Brasileira, sim. MPB pura, de raiz. Das boas.
Para escolher o repertório de Alucinação, o 15º CD solo da carreira de Leonardo, foram mais de 1000 músicas ouvidas e estudadas em cada um de seus acordes. Leonino de 25 de julho, exigente e detalhista, o cantor romântico-sertanejo, que já vendeu 32 milhões de cópias – 20 milhões na época em que fazia dupla com o irmão Leandro e 12 milhões em carreira solo – passou um ano com o pé na estrada, fazendo shows e pesquisas Brasil afora. “Este CD é resultado de um trabalho feito com muita paixão. Tem a minha cara, o meu jeito, é um pedaço de mim. Espero que todos curtam e se divirtam muito”, diz Leonardo.

A faixa-título, Alucinação, é assinada pelo seu amigo Amado Batista – junto com Reginaldo Sodré. Uma canção romântica no velho e bom estilo dor de cotovelo, com confissões que todos nós já fizemos algum dia, como “depois do que me fez não era para eu te amar” ou “acho que nasci para te querer e me machucar”.
Para contrapor ás dores de amor, logo a seguir vem o forró Zuar e Beber (Marquinhos Maraial / Luizinho Lino), ouvida por Leonardo durante sua turnê no Nordeste. Pura festa. Música para levantar o astral e dançar até o dia amanhecer. A romântica Eu e a Lua (Marcos Paulo / Devair Bianco / Teodoro), segundo o cantor, foi “amor à primeira ouvida”. Escutou, se apaixonou e selecionou para gravar. O que é? O que é? (Chrystian Lima / Ivo Lima / Elvis Peres / Rodrigo Mel) é outro forró com pitadas sertanejas perfeito para dançar e se divertir. A romântica Hoje (Werner Theunisse; versão:Ray) lembra o início do sertanejo romântico e pop, que derrubou as barreiras entre o então chamado “caipira” e “urbano”. A canção Quero te Amar (Eder) foi entregue despretensiosamente no escritório de Leonardo, em São Paulo, por um jovem compositor. Bingo! Foi escolhida na hora para fazer parte do repertório de seu novo trabalho.

Divertido, o arrasta-pé Linguaruda (Nilton Lamas / Sandro Lucio) parece feita sob medida para o lado brincalhão de Leonardo. Não é difícil imaginá-lo no palco, piscando com o cantinho do olho e cantando: “meu bem, a nossa casa caiu!... Me apaixonei por Ti (Me Enamore de Ti, de Carlos Celles, Jose Javier Diaz, Elmer Figueroa, Andel Lopez, Paolo Tondo) é uma versão de Elisa Marin para o hit cantado pelo porto-riquenho Chayanne. E como costuma fazer em todos os seus trabalhos, o cantor incluiu uma música sertaneja de raiz no repertório. A escolhida foi a bela Camisa Branca (Vicente p.Machado / Paraíso), com levada tradicional sobre a dor de um amor perdido. O mesmo tema aparece na canção “Vai” (Simone Saback).
O otimismo é recuperado com Chovendo Paixão (Everton Matos / Rivanil / Diego Ferreira), de batida leve e romântica. O forró-country Arreia Cerveja (Edu Luppa / Beto Caju) e a quase-balada Por Você (Everton Matos / Rivanil / Jairo Góes) voltam a falar de paixões difíceis e quase impossíveis. Tocando em Frente, de Almir Satter e Renato Teixeira, em que Leonardo divide o vocal com a cantora Paula Fernandes, o Brasil todo já conhece: faz parte da trilha da novela Araguaia, da Rede Globo de Televisão. Já Garça Branca do Araguaia (Fátima Leão) fecha o repertório pedindo ao pássaro para buscar nas águas o amor que se perdeu. São 15 faixas com o Leonardo em sua melhor forma, esbanjando talento, energia e sedução.

Produção: Universal Music. Direção: Luiz Carlos Maluly. A direção artística é assinada por Daniel Silveira. William Passarinho responde pela coordenação executiva.
Por: Catarina Arimatéia *** Fotos: Guto Costa


Ao ler um texto como este, sinto um orgulho redobrado por ser fã de um artista
que soube não apenas continuar a carreira cantando cada dia mais bonito
e com um domínio de palco que o faz sempre melhor,
mas também cada vez mais tendo reforçada sua imagem
de profissional competente e ser humano exemplar.
Repito aqui o que escrevi em setembro de 2000, no terceiro número do jornal E m   N o m e   d o   A m o r:
Leonardo, um coração bom e simples, ágil no raciocínio rápido de um homem inteligente, um artista que merece viver cercado de pessoas que o amem muito, que saibam amá-lo e respeitá-lo, que por ele “vistam a camisa”.

Neste momento em que Leonardo já provou sua competência para administrar sua carreira e de seus artistas contratados, o que para algumas pessoas do show business era arriscado, havendo até quem apostasse num fracasso, eu diria que tenho até pena de quem assim pensava e que, suponho, só podia mesmo é estar movido pelo triste sentimento da inveja e projetando em nosso discreto grande empresário sua própria incompetência.

Quando completaram 10 anos de carreira, a dupla Leandro & Leonardo comemorou com uma bonita festa e show em São Paulo, quando os irmãos receberam a imprensa, fãs e amigos. Na mesma linha de conduta que Leonardo continua seguindo, sem qualquer estardalhaço, mas com profundo agradecimento pelo sucesso, com simplicidade festejaram a data, registrada com um estojo promocional com os CDs anuais lançados até então e um lenço de seda. Jamais me esquecerei da alegria que senti ao ganhar um desses estojos. A verdade é que ter cada uma dessas peças promocionais que não se pode simplesmente comprar é sentir-se mais perto de Leonardo. Por isso penso que, em busca da perfeição, um grande passo que o escritório Talismã poderia dar seria simplesmente cadastrar numericamente cada fã que tivesse interesse em passar a participar de sorteios dessas tão cobiçadas peças, de CDs autografados, posters, etc.

Não haveria de ser problema manter a lista sempre atualizada no site e fazer os sorteios da forma mais democrática e transparente que há, pelos números premiados da Loteria Federal, de fácil consulta para qualquer um.

Mas voltando a falar de simplicidade e discrição, Leonardo já chegou em sua carreira de cantor solo aos mesmos 12 anos em que cantou ao lado do irmão Leandro, atingindo nesse tempo a média de 1 milhão de discos vendidos em cada ano, numa época em que vender 100 mil discos de um lançamento já é uma grande vitória contra a vergonhosa pirataria que invadiu o mercado fonográfico. Leonardo é um grande vencedor e acho que um artista que jamais deixará de ser simples e verdadeiro, que busca o melhor para sua carreira e se preocupa em oferecer o melhor a seus fãs.



gora fico pensando em como estaria a dupla se Leandro tivesse continuado aqui na Terra. Acredito que em relação ao repertório não teria havido grande diferença, pois Leonardo, respeitando-se a mudança dos tempos, tem seguido a mesma linha em suas escolhas. Pelo sucesso que continuou fazendo, com certeza Leandro assina embaixo de tudo que ele faz. Aliás, Leonardo costuma dizer que “conversa” com o irmão e dele recebe conselhos.
Acredito piamente que Leandro continua a fazer parte da dupla de alguma forma. Ele nunca saiu do coração de seus fãs. Nem poderia. Ele está vivo no pensamento de Leonardo. Tem mesmo que ser assim.

Por convicção religiosa (sou católica),
acredito totalmente na Vida Eterna e de forma alguma em reencarnação.
Embora antes e depois da partida de Leandro eu tenha visto pessoas partirem,
nenhuma continua tão viva para mim quanto ele,
e é por senti-lo assim que acho que neste
15 de agosto
em que
Leandro
completaria 50 anos aqui na Terra,
há uma festa no Céu,
com direito a muita moda de viola e grandes sucessos sertanejos.

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