EM NOME DO AMOR

jornal virtual
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 138 – 15 dezembro 2011
redação e produção: Vera Marchisiello
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vmllena@terra.com.br









Essas palavras, ditas com uma sinceridade rara de se ver nos seres ditos humanos,
mas que facilmente se percebe em Leonardo ,
fecharam o “Programa do Ratinho” do primeiro dia deste mês de dezembro.
Um daqueles programas que quando terminam não me deixam outra alternativa
que não seja a de imediatamente rever. E novamente... rever.
Eu diria que para mim foi um presente de Natal antecipado
depois de um ano inteiro sem vê-lo num show.
Incomparavelmente o melhor programa do ano
e até mesmo um dos que merecem destaque de toda sua história na televisão.


Numa pescaria cenográfica, Ratinho e Leonardo nada mais fizeram do que brincar, conversar e relembrar as músicas que Leo canta quando estão no Pantanal. Gostoso demais ouvi-lo cantar aquelas “sertanejonas” que ele canta como ninguém. Cada vez mais reafirmo minha certeza de que seria “bão demais da conta”, sucesso total, se Leonardo algum dia gravasse um projeto especial só com essas músicas sertanejas de raiz e “bolerões bregas”. Não há voz melhor para valorizar essas músicas, com certeza não há.

Nessa divertida pescaria, entre “causos”
e muita “entregação” das “artes”
que Leo já aprontou em cima de seus amigos
e companheiros de seus momentos de lazer no Pantanal,
Leonardo mostrou trechos de
“Eu disse não”, “Último adeus”, “Amargurado” e “Avião das nove”.

Mas entre as brincadeiras também houve espaço para nosso Leo deixar bem claro quem ele é. Perguntado sobre “qual a cantada mais sem vergonha”
que recebeu de uma fã, ele respondeu:


Sua simplicidade mais uma vez ficou clara quando Ratinho apresentou uma “marmitex” retirada de seu avião, com arroz, bife acebolado, farofa e ovo frito. Leo não se inibiu e, bem à vontade, atacou o “zoiudo”.



Lindo o encontro de dois amigos de verdade.
Um programa como gosto de ver, sem baixarias e apelações,
com Leonardo bem descontraído e respeitado como o grande artista que é.
Leo é assim, simples, educado, sensível, alegre, de um raciocínio rápido
que entre as risadas das muitas brincadeiras não deixa passar em branco aqueles momentos em que
com facilidade em poucas palavras consegue expressar carinho, agradecimento
e tudo de bonito que habita seu coração.

Acredito que não somente por seu talento
mas também por sua conduta
é que Leonardo
se fez tão querido no meio artístico.
Esse carinho por ele foi fácil de ser mais uma vez constatado
no “Altas Horas”
do dia 03 de dezembro.
No programa, também Ney Matogrosso, Caçulinha,
Fabiana Karla e a banda de nacionalidades mistas
Playing For Change.

Foi emocionante ver um dos músicos da Playing For Change dizer que conheceu o trabalho de Leandro & Leonardo em Luanda, Angola, em 1995, quando ouviu “Pense em mim”. Serginho Groisman convidou Mermaus Mosengo, nascido no Congo, para cantá-la com Leonardo, que agradeceu e enviou beijos ao povo de Luanda, onde já se apresentou algumas vezes.



Tivemos então uma “Pense em mim” num dueto inesperado
reunindo artistas de estilos bem diferentes
e toda a platéia e convidados num entusiasmado aplauso.
“Que legal”! “Maravilha”!
Empolgado, o apresentador pediu que Leonardo cantasse “Saudade de minha terra”.
Leo soltou a voz num tom bem alto, que surpreendeu a todos.

Aplaudidíssimo, mas sempre modesto, ainda levou todos às risadas no diálogo com Serginho Groisman:
SG* A voz é o instrumento que vocês têm. Vocês cantam num tom muito alto. Já falhou alguma vez, deu um “pano” assim?
LEO* Você fala cantando? (muitas risadas)
SG* O resto a gente sabe da sua história.
LEO* Não, nunca, graças a Deus. Nos shows os tons são todos assim normais. Foi só agora que eu dei essa “má nota” aqui. (acrescentou sempre modesto)

“Má nota”, ehn!
Que em muitos outros programas Leo nos presenteie com maravilhas assim!
Aliás, acho que vale comentar o olhar de orgulho dos músicos de sua banda,
a vibração de Caçulinha e o comentário entusiasmado de Ney Matogrosso.

Bom, foi assim que tivemos no início de dezembro duas excelentes participações de Leonardo em programas de televisão. Voltados para segmentos opostos – o “Programa do Ratinho” mais direcionado para o chamado “povão” enquanto o global “Altas Horas” busca audiência entre jovens estudantes e universitários – nesse momento os dois se uniram na nota 10 dada pelos fãs. Parabéns à produção do Ratinho que soube armar o cenário ideal para o encontro dos dois amigos e também a Serginho Groisman, pela seleção de convidados para uma roda em que Leonardo esteve bem à vontade, principalmente pela presença de Caçulinha, maestro tão ligado à música sertaneja e que nutre profunda admiração por Leonardo.

Após rever esses dois programas, o que tenho vontade de fazer e faço é ouvir repetidamente o CD “Avelino e Carmem, Filhos e Amigos”, e ficar sonhando com algum dia saber que Leonardo está gravando um projeto especial com as músicas de sua infância nas roças goianas e que hoje o acompanham em seus dias de descanso em suas fazendas e nas pescarias no Pantanal, nas rodas de cantoria com seu pai, seus irmãos e amigos.



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