EM NOME DO AMOR

Não era somente mais uma festa de aniversário dentre tantas do dia-a-dia de uma família grande e unida. Era o 75º aniversário de Avelino Virgulino Costa, mais que o pai da dupla Leandro & Leonardo aquele que despertou nos filhos o interesse pela música. De início eram as modas de viola dos finais de tarde. Hoje, tantos anos passados, um dos companheiros estava lá no almoço alegre e barulhento, com filhos e novos filhos (genros e noras e até os que no futuro poderão ser) conversando, netos já adultos ou quase e bisnetos brincando pela sala, como Maria Eduarda e Antônio, filhos da Polianinha, todos orgulhosos da caçulinha Maria Sophia, assunto do dia para, quem diria, o agora vovô Leonardo.

Foi às quatro horas da manhã, meu cachorro de guarda latiu
Levantei para ver o que era, e vesti meu casaco de frio
Então vi que chegou um mensageiro amuntado num burro turdilho
Apiou e me disse bom dia, o bolso da bardana ele abriu
Uma carta o rapaz me entregou e de novo amuntou e na estrada sumiu
Dei a carta pro meu irmão ler, ele leu me olhando sorriu
É convite prá nóis ir na festa, vai haver um grande desafio
O meu pai já correu no vizinho, foi chamar o vovô e o titio
Nóis cheguemo a pular de contente, lá em casa ninguém mais dormiu
Pra quebra aqueles campeonato, nem com sindicato ninguém conseguiu.
Violeiro que mandou convite mora lá no outro lado do rio
Ele pensa que nóis não vai lá, mais nóis semo caboclo de brio
A peteca aqui do nosso lado por enquanto no chão não caiu
Quando nóis cheguemo no catira os mais fraco na hora sumiu
Só cantemo moda de campeão, e os tar que era bão nem sequer reagiu.

Perguntei ao dono da festa, onde foi que o senhor conseguiu
Esse tar violero famoso, que as moda de nóis engoliu
O festeiro ficou pensativo, e mordeu no cigarro e cuspiu
Vocêis são dois caboclo batuta, quem falou podes crê não mentiu
Teve alguém que cantá experimentou
Mais o peito falhou e a voz não saiu.
As viola nóis faz de encomenda, nosso peito é tratado e sadio
Já cantemo tres noite seguida e as moda nóis não repetiu
Quem repete é relógio de igreja e o triste cantar do tiziu
E agora com essa vitória, ainda mais nossa fama subiu
E vocêis não deve discutir se viemos aqui, foi vocêis quem pediu.

Para quem tem uma mini família como eu, de apenas três pessoas, imagine a emoção que é ver uma festa assim, aliás, apenas um almoço em família se transformar facilmente numa festa. Dezembro, tempos natalinos, todo mundo na correria para ter, cada um do seu jeito e com suas dúvidas e convicções, sua festa de Natal. Para a família Costa não é diferente. Ou é, porque para eles nunca há dúvida de que a Noite Feliz será comemorada na casa de Leonardo. Mas é como em muitas famílias. Com simplicidade, rola amigo oculto! E na noite de 24 de dezembro lá estavam todos reunidos para festejar outro aniversário, o de Cristo.

01* Fátima (irmã) e Leonardo
02* Alessandro (irmão) e Carmem Costa (mãe)
03* Avelino Costa (pai)
04* Pedro Leonardo (filho) e sua esposa Thaís
05* Thaís (nora) e Carmem Costa (mãe)

06* Leonardo e Poliana (esposa)
07* Natan (sobrinho) e sua mãe Mariana (irmã)
08* Mariana, Cida, Carminha (irmãs), Leonardo, Karlos (irmão)
e sua namorada, Mariana
09* Cidinha (mãe de Pedro Leonardo) e Diovane (sobrinho)

Talvez Leonardo não entenda, assim como sua família também não, a razão de os fãs sempre terem tanto interesse em saber como é sua vida fora dos palcos. Usando a linguagem popular, eu diria que "faz parte". Sim, faz parte da fama esse despertar interesse por sua vida pessoal. Comprova-se isso com facilidade verificando a grande audiência de programas de TV que exploram o dia-a-dia dos famosos e o tempo, anos a fio, em que continuam na grade de programação das emissoras. No caso de Leonardo, porém, há um aditivo. Não é somente ele o artista, embora seja o que há mais tempo se tornou famoso, tendo galgado sucesso estrondoso e assim permanecendo já há 25 anos. Na família Costa há outros artistas e sempre novas promessas. Como seu Avelino diz, "é uma família de artistas". Ainda assim, são pessoas que levam a vida como se as lentes não estivessem sobre eles. Nas festas populares em cidades vizinhas à Goiânia sempre podemos encontrá-los. Irmãos e primos são muito unidos e cada um que vai atingindo a idade para saídas noturnos logo vai sendo agregado ao grupo. O violão e a música estão sempre presentes na vida dos mais jovens assim como faz parte dos melhores momentos do chefe do clã, o "bivovô" Avelino. O que neles logo se observa é que não são unidos apenas por serem da mesma família, mas porque se identificam pelo amor transbordante, pelo abraço fácil, pela alegria contagiante, pela vontade de estar junto sempre e, claro, pelo gosto pela música sertaneja, desde aquela de raiz até a que hoje fazem os mais jovens.

Muito mais eu teria a dizer para justificar tamanho interesse dos fãs pelo dia-a-dia e os eventos festivos da família de Leandro & Leonardo, como, num exemplo indiscutível, se fosse falar aqui da admirável obra assistencial presidida por dona Carmem, a Casa de Apoio São Luiz. Mas hoje quero mesmo é curtir as fotos que mostram bem a alegria reinante na casa de Leonardo no Natal 2011.

01* Leonardo e Poliana (esposa)
02* Poliana (esposa) e Érica (cunhada)
03* Cida (irmã) e a filha Letícia (sobrinha)
04* Polliana (sobrinha), sua filha Maria Eduarda e Mayara (sobrinha)

05* José Felipe (filho)
06* Allessandro (irmão) e sua esposa Érica
07* Thiago (sobrinho) e Nathan (sobrinho)
08* Poliana (esposa) e Avelino Costa (pai)

Minha vontade é de ter fotos de todos, mas para mostrá-las também teria que ter muitas outras páginas neste jornal. O que não posso mesmo deixar de mostrar aqui é o momento mais importante de uma festa natalina onde os que festejam sabem a razão da comemoração. A família Costa tem na mãe, avó e bisavó Carmem Costa um grande exemplo de Fé, e mesmo que cada um professe a religião que escolheu, todos veem em Deus o Santíssimo Pai e comemoram o Natal como a festa do aniversário de Jesus Cristo.

Hoje, quando a grande sala da casa de Leonardo
se torna pequena para reunir a família Costa
e vendo a força da Fé que os sustenta,
volto a um passado que hoje já está bem distante,
na pequena Goianápolis que com eles conheci,
e penso como tudo teria sido diferente não fosse o talento dos irmãos
que com coragem se jogaram nas estradas do nosso país
e nas pequenas feiras agropecuárias cresceram como Leandro & Leonardo.

Mais uma vez agradeço a Deus pelo Natal feliz que tiveram,
certamente abençoados pelo aniversariante
e especialmente iluminados por aquele
que hoje é a grande LUZ presente na vida de todos
que ali se uniram em oração e agradecimento,
Leandro.