EM NOME DO AMOR

jornal eletrônico
Leandro & Leonardo
LEONARDO

nº 90 – 15 dezembro 2007
redação e produção: Vera Marchisiello
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Foi aqui que tudo começou. Nesta igrejinha de Goianápolis,
em 22 de setembro de 1956 casaram-se Carmem e Avelino ,
que nos dariam a dupla Leandro & Leonardo.

Por duas vezes estive passando dias com dona Carmem e sua família lá em Goiânia e a planejada ida à cidade que registrou a infância da dupla não aconteceu. Razões que fugiam à nossa vontade, e eu sempre pensando que Deus sempre sabe porque define os acontecimentos em nossa vida, para que tudo aconteça no momento certo. E mais uma vez esta minha certeza se confirmou.

Neste 30 de novembro de 2007, um acontecimento muito especial me levou à pequena cidade distante somente 45 km de Goiânia. Uma das netas da família Costa, filha da Fátima, Polianinha, estava se casando com Deyvid, e lá fomos nós para o casamento civil.

Muito bem ciceroneada, fiquei sabendo que essa rua, que pode parecer sem a menor importância, era caminho obrigatório para os irmãos Luiz José e Emival no diário ir e vir das plantações para a cidade onde moravam e estudavam.

Se hoje tudo isso acontece, com certeza é porque o sucesso da carreira e o conseqüente resultado financeiro de tanto talento e esforço não mudaram em nada os valores morais da família Costa, que continua simples, muito simples, amiga, descontraída, hospitaleira, cheia de bondade... Ah... faltam adjetivos para descrever tantas qualidades que confirmo a cada dia de convivência com dona Carmem, seu Avelino, filhos e netos. Foi muito prazeroso ver com que simplicidade aquela tarde foi aproveitada para fazer o bem. Quantas famílias receberam mantimentos, roupas e calçados, tudo distribuído de forma natural e amiga, sem qualquer distanciamento que a diferença de poder econômico e a fama pudessem causar. Como é bom comprovar que aquela que hoje dá nome a creche de Goianápolis já teve seus filhos, hoje tão famosos, estudando na Escola Estadual daquele pequeno município e ver o carinho com que a diretora da escola guarda em seus arquivos o histórico escolar dos meninos Luiz José e Emival, aqueles que hoje, como Leandro e Leonardo, são o grande símbolo da cidade.

Acompanhando dona Carmem e Fátima, aguardando os preparativos finais da noivinha,
que nesse dia queria estar ainda mais bonita,
pude conhecer vários parentes e amigos da família.
Gente simples, hospitaleira, casinhas com quintal e fruteiras, uma aragem gostosa num dia quente...
Enfim, depois de assistir ao emocionante “sim” dos noivinhos, voltamos à Goiânia,
onde à noite estivemos numa reunião para comemorar o aniversário de Mariana,
que, só mesmo se estiver aumentando a idade em pelo menos dez anos, pode estar completando 34 anos.

O que mais eu poderia ambicionar de mais esta viagem a Goiás? O que mais gosto de fazer é mesmo estar com dona Carmem e família, rir com aquele povo, curtir a comidinha caseira sempre deliciosa, me sentir acolhida por pessoas que admiro e amo muito. Programas simples, como ir ao supermercado, ganham sabor especial com dona Carmem, sempre dinâmica e muito divertida em sua sabedoria.

Mas desta vez havia um show do Leonardo. Na Atlanta, uma casa de espetáculos enorme e muito bem projetada. Os shows do Leo, mesmo que de uma mesma temporada, são sempre diferentes entre si, já que ele muda bastante o repertório, as roupas acabam sendo escolhidas na hora de entrar no palco e ele é um artista que deixa transparecer durante o espetáculo muito do que realmente está sentindo. Parece que nada é pré marcado, embora saibamos que deva ser assim. Mas Leonardo improvisa muito, se deixa levar pelo público, até os amigos presentes o levam a comentários que, como aconteceu em Goiânia, acabam se transformando numa conversa entre artista e seu público. Fomos surpreendidos por uma prolongada conversa entre ele e sua irmã Mariana, que se encontrava entre amigos logo na primeira mesa. Ao violão, a surpresa de “Separação”, gravada com Eduardo Costa, um presente ouvi-lo cantar sozinho. Também nos fez vibrar com “Amor, que saudade”, sempre substituindo “amor” por “Leonardo”. Um show com público extremamente participante, uma hora e quarenta minutos de espetáculo, só faltando mesmo a tecnologia do painel com homenagem ao Leandro, que felizmente pudemos ver nas casas fechadas no Rio e em São Paulo. “Cadê você”, “De corpo e alma”, “Não aprendi a dizer adeus” e “Você é doida demais” foram destaque de interpretação nessa noite.
Muito olhinho fechado, a emoção parecendo levá-lo para bem longe dali ao finalizar “Não aprendi a dizer adeus” e um riso animado talvez lembrando-se de alguém doida demais...

No camarim, o aconchego da família, Poliana e José Felipe, e a presença da filha Isabela, muito bonita, não negando nem um pouco a herança de simpatia do pai e do avô Avelino.

Aconchego...
Não será esta a palavra que melhor defina
o clima da família Costa?
Parece que todos se abraçam, se curtem,
se aproximam e são aproximados pelo amor.
E seu Avelino, o paizão de oito filhos, hoje com 19 netos e 3 bisnetos?
É a ele que quero homenagear em mais este
18 de dezembro.
Mês de Natal, mês da maior festa cristã,
mês do seu aniversário.
Tinha que ser, pois Deus colocou em seu caminho
uma família linda e talentosa,
filhos e netos que nos têm dado muitas alegrias.
Para o senhor, um eterno presente de Natal.
Que este 18 de dezembro seja um dia
de muitos abraços.